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terça-feira, 31 de agosto de 2021
RÁDIO BARATA 204
Nem Bolsonaro nem Lula. Vote na barata que ela vai dominar o
mundo – A verdadeira terceira via – Rádio Barata no Ar – Edição de nº 204
domingo, 29 de agosto de 2021
10 MINUTOS NO CONFESSIONÁRIO - Episódio 19
Dia Nacional de Combate ao Fumo. “Dez minutos no confessionário” Podcast com Fábio Mozart – Episódio 19
sábado, 28 de agosto de 2021
Atriz e educadora Claudete Gomes está neste sábado no ALÔ COMUNIDADE
A atriz, poeta e professora Claudete Gomes, de João Pessoa, é a entrevistada deste sábado (28) no programa “Alô comunidade”, pela Rádio Tabajara da Paraíba AM (1.110 kHz) e Rádio Zumbi.
O programa começa às 11 horas, com apresentação de Marcos Veloso e Bento Júnior, apoio técnico de Maurício Mesquita e roteiro de Fábio Mozart, coordenação geral de Dalmo Oliveira.
Para
ouvir pela internet: https://radiotabajara.pb.gov.br/radio-ao-vivo/radio-am
sexta-feira, 27 de agosto de 2021
RÁDIO BARATA 202
BOLSONARO PEDE AO POVO QUE NÃO COMPRE FEIJÃO; COMPRE FUZIL E COMA BARATA
Rádio Barata no Ar – Edição nº 202
segunda-feira, 23 de agosto de 2021
RÁDIO BARATA 200
BARATA 200 SE DESVALORIZA MAIS RÁPIDO DO QUE A NOTA DE 200
Rádio Barata no Ar – Edição nº 200
domingo, 22 de agosto de 2021
10 MINUTOS NO CONFESSIONÁRIO - EPISÓDIO 18
Dia do Folclore e o teatro de Itabaiana - “Dez minutos no confessionário” - Podcast com
Fábio Mozart – Episódio 18
terça-feira, 17 de agosto de 2021
No desfolhar dos folhetos
A Universidade Federal do Amapá
publicou e estou lendo o livro “No desfolhar dos folhetos – escritos sobre
cordel”, coletânea de ensaios sobre o cordel brasileiro, organizada por Stelo
Torquato Lima, Francisco Wellington Rodrigues Lima, Marcos Paulo Torres
Pereira, Elizabeth Dias Martins e Luciana Eleonora de Freitas Calado Deplayne.
A capa apresenta xilogravura de vendedor de folhetos na feira, com seu público
ao redor e sua banquinha com a tradicional corda onde se penduravam os cordéis.
Arte de Jefferson Campos para capa de Gustavo Alencar Lemmertz. O livro, com
480 páginas, fala de Leandro Gomes de Barros, Patativa do Assaré, Manuel Camilo
dos Santos, Pedro Bandeira, o feminino na literatura de cordel, o sagrado, o
profano e o erotismo, o folheto popular e a cultura armorial e o cordel em sala
de aula. Na folha de rosto, a marca da pandemia: os autores lamentam a morte do
pesquisador Francisco Wellington Rodrigues de Lima, vitimado pelo Covid-19.
Recomendo a obra aos meus compadres Manoel Belisário, Kydelmir Dantas, comadre professora Beth Baltar, Sander Lee, Stelo Queiroga, Josenildo Lima, Bento Júnior, Lino Sapo e todos aqueles que se interessam pela produção crítica do cordel brasileiro. Trata-se de uma ação do Grupo de Estudos Cordelista Arievaldo Viana, radialista e poeta popular, falecido em Fortaleza aos 54 anos de idade.
Registrar meus agradecimentos ao
poeta, professor e amigo Bento Júnior, misto de cordelista, ator de teatro e
secretário eventual desta isolada barata. Explico: ao me encontrar em estado
eremítico no topo de uma serra na cordilheira da Borborema, distante da capital
da Paraíba, deparo-me com anúncio da Editora da Universidade Federal da Paraíba
sobre doação de livros do seu catálogo na lagoa do Parque Sólon de Lucena,
comemorando o aniversário da capital João Pessoa. Convocado para a missão de
abordar o caminhão dos livros e pegar o maior número possível das obras à
disposição, o compadre Bento armou-se de duas grandes sacolas e quando chegou
no local, teve uma visão desalentadora e animada, a um só tempo. Fila imensa
circulava a lagoa. Bento renunciou seu lugar na fila depois que soube da norma:
cada leitor só poderia levar apenas um livro para casa. Aflito, ligou:
– Fábio, não vale a pena entrar na fileira
dos pidões de livros. Só deixam levar um exemplar para cada freguês, mas fiquei
jubiloso demais por ver que João Pessoa ainda tem tanta gente interessada em
livros!
A vida é incerta e breve é o bom
funcionamento dos órgãos da vista. O glaucoma e a catarata já anuviam meus
olhos. Antes que eles nublem por completo, preciso ler os livros essenciais que
ainda me faltam consultar. Dediquei boa parte do meu tempo a apreender as obras
da alta intelectualidade, os queridinhos das classes produtoras e autoridades
constituídas. Só depois de chegar pertinho do ponto de dobrar o cabo da boa
esperança é que comecei a ler e escrever sobre a literatura criada pelo povo.
Em suma: preciso centrar na leitura ao nível de minhas possibilidades e dos
meus interesses. Por isso espero ler “Pinto do Monteiro: Poesia,
Performance e Memória”, de Maria Ivoneide da Silva, “Indexação
de xilogravuras à luz da semântica discursiva e das potencialidades da
folksonomia”, de Maria Elizabeth Baltar Carneiro de Albuquerque e
Raimunda Fernandes dos Santos, e “Cordel em Braille:
procedimentos semióticos da transcodificação”, de Flaviano Batista do Nascimento e
Maria de Fátima Barbosa de Mesquita Batista, únicas obras que encontrei no
catálogo da UFPB que tratam da literatura de cordel brasileiro. O cordel em
Braille talvez me seja útil quando apagar a última vela da visão já incerta e
inconsistente. É que pretendo morrer compondo cantigas de maldizer e de
escárnio para certas almas sebosas e cantigas de bem-querer para as diletas
pessoas do meu agrado.
RÁDIO BARATA 198
Japonês leva medalha de ouro na Olimpíada por ser maior comedor de baratas do mundo
Rádio
Barata no Ar – Edição nº 198
domingo, 15 de agosto de 2021
10 MINUTOS NO CONFESSIONÁRIO – Podcast com Fábio Mozart – Episódio 17
10 MINUTOS NO CONFESSIONÁRIO – Podcast com Fábio Mozart – Episódio 17
sexta-feira, 13 de agosto de 2021
quarta-feira, 11 de agosto de 2021
RÁDIO BARATA 196
MADAME PRECIOSA INVENTA BATOM DE PIMENTA PARA BEIJOS
ESPECIAIS
Rádio
Barata no Ar – Edição nº 196
segunda-feira, 9 de agosto de 2021
domingo, 8 de agosto de 2021
sábado, 7 de agosto de 2021
sexta-feira, 6 de agosto de 2021
RÁDIO BARATA 194
ESTÁTUA DO BOLSONARO SERÁ ERGUIDA NO ESGOTO DA BARATA MANÍACA INCENDIÁRIA, SÓ PRA GALERA QUEIMAR
Rádio
Barata no Ar – Edição nº 194
quarta-feira, 4 de agosto de 2021
Passa um filme na minha cabeça...
No começo do ano 1960 foi inaugurado o Cine Alvorada, em
Timbaúba dos Mocós, Zona da Mata norte de Pernambuco. Em 1970 lancei o Jornal
Alvorada, título que remete ao primeiro cinema que conheci, projeto de
empresários do setor calçadista. Lembrando que, na época, Timbaúba era o maior
polo calçadista do Nordeste. O Cine Alvorada fechou em 1985. Eu e meus primos
Josué e Jackson éramos habitué do
escambo de gibis na frente do cinema. Cada garoto com seu feixe de revistas do
Tarzan, Tio Patinhas, Gato Félix, Zorro, Combate, Superman, Fantasma e
Mandrake, para troca e, eventualmente, venda. A negociação em dinheiro sendo
operação rara no meio daquela molecada desprovida de capital. Um comércio que
já morreu há muito tempo, junto com o velho cinema de rua. Valia como
especulação e usura pedaços de película cortados dos filmes e jogados no lixo
do cinema. Um Tarzan novo custava dois Zé Carioca de terceira mão e um gibi
sebento de Mickey, com mais meio metro de sequência de filme.
É aqui que entra a poesia da infância. Diga-se como
esclarecimento necessário que eu tinha oito anos e televisão ainda chegava
apenas como ecos incertos e duvidosos de um índio chamado Tupi, domesticado por
um tal Assis Chateaubriand lá para as bandas do sudeste remoto. Tratava-se de
cinema em casa, com projetor feito de caixa de sapato da marca “Criança”, a
maior fábrica de calçados de Timbaúba. Esse projetor de filme rudimentar virou
mania dos garotos. Meus primos construíram o seu e projetavam pedaços de sequências
de filmes renomados, exibidos no Cine Alvorada. “O crepúsculo dos deuses”
combinava com “Fúria de viver”, fundido com “Rio bravo” e partes roubadas de “A
sede do mal”.
Na psicologia do garoto extasiado pelo fervor da arte,
aquele cineminha em casa foi, sem dúvidas, o que melhor personificou meus
verdes anos. Meus primos construíram um projetor para mim, que funcionava com
uma lâmpada cheia com água e um espelho em quarto escuro com subsídio de uma
nesga de luz do sol. Parecia um sonho. Nas sessões de cinema no bairro
Timbaubinha, na humilde casa de tia Judite, a gente cobrava até ingresso. A
entrada tanto podia ser um gibi supersurrado de Buck Jones como uma decente
bola de meia. O que eu desejava espantosamente passou muito tempo para ser
superado pelas invenções tecnológicas e avanços da ciência. Na verdade, essa
fantasia gerou crédito imperecível na mente fantasiosa do garoto. Ainda hoje eu
vivencio na memória afetiva a sensação de ser dono de um projetor de cinema de
caixa de sapato.
É, provavelmente, a lembrança de manifestação artística mais
importante de todos os meus tempos de artista amador e entusiasta da capacidade
criadora do ser humano. Em nosso cineminha passavam sequências ligeiras, mudas
e estáticas, de muitos filmes que depois se tornaram clássicos. Aqueles
pedacinhos de celuloide não representavam arte, no meu modo de cogitar essas
reminiscências da infância. A obra de arte era o projetor artesanal. Aquela
máquina rústica era a matriz da minha emoção. Guarda um significado único.
Meu filme vai chegando próximo do temido “The End”. Não sei
se o fim será bom, se teremos partes “roubadas” pelo projetista, enjoado com a
saga sem suspense de uma vidinha medíocre. Entretanto, sei que existe aquela
câmera subjetiva dominando um campo do meu filme que ninguém é capaz de ver.
Não conseguem ter profundidade de campo, porque jamais construíram e
manipularam um projetor de caixa de sapato. O enquadramento vai obscurecendo,
sem a dimensão humana como referência. No meu plano geral, uma sequência sem
cortes me leva à velha Timbaúba e seu saudoso Cine Alvorada. O diretor pede um
plano de conjunto mostrando um grupo de meninos em um quarto na penumbra.
Aquilo que a câmera não vê, por uma questão de objetividade e insensibilidade,
em primeiríssimo plano está o memorial de um guri abismado e fascinado pela
banalidade e intersubjetividade da vida que se transforma em arte na roda do
cotidiano.
terça-feira, 3 de agosto de 2021
RÁDIO BARATA 193
Astróloga Madame Preciosa conta os podres do signo
de Leão e esquenta seu inferno astral
Rádio Barata no Ar – Edição nº 193