Tatatá
Nomear o inominável
como quem controla
perpétua oscilação
entre o absurdo
e a bolha do paradoxo.
Com as palavras que restam
editar o silêncio
dar à luz aos gritos mudos
formatar as histórias
de sonhos não acordados
e jamais lembrados.
E tatatá e tatatá
batendo na dactilografia
e rodando no mimeógrafo
que talvez exista ainda
basta escutar a fala constante
de sua geração perdida e agonizante
extremamente velha e viciada
que se perde – me perde
no fim do fôlego, sopro epílogo
de nossa aparvalhada galera
repetindo antigas derrotas.
F. Mozart
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