JANELAS SEM NINGUÉM
.
Retorno, à mesma rua, o meu desejo
de me encontrar comigo e estar contente.
Mas a rua mudou. Bem diferente
é a mesma rua que na noite vejo.
.
Já não há mais espera ao meu andejo,
já não há na janela, à minha frente,
as covinhas do rosto, a inocente
e eterna musa que em meus versos beijo.
.
Algumas rosas, dálias amarelas,
nas janelas abertas. Ninguém nelas.
A rua está mais triste, e eu também.
.
Pobres flores, no outono das janelas!
Nem mesmo as flores continuam belas
quando enfeitam janelas sem ninguém.
.
Retorno, à mesma rua, o meu desejo
de me encontrar comigo e estar contente.
Mas a rua mudou. Bem diferente
é a mesma rua que na noite vejo.
.
Já não há mais espera ao meu andejo,
já não há na janela, à minha frente,
as covinhas do rosto, a inocente
e eterna musa que em meus versos beijo.
.
Algumas rosas, dálias amarelas,
nas janelas abertas. Ninguém nelas.
A rua está mais triste, e eu também.
.
Pobres flores, no outono das janelas!
Nem mesmo as flores continuam belas
quando enfeitam janelas sem ninguém.
(Ronaldo
Cunha Lima)
Nenhum comentário:
Postar um comentário