SONETO
Veio vindo direto do
passado
Com seus olhos de
disfarçada gueixa
Zero de inculpação,
nenhuma queixa
Como papel em branco
e comprovado
Que ficou entre
linhas, bem patente
Um fascínio sutil e
desbotado
Que eu tento
encobrir, envergonhado,
Em singelo abalo
adolescente.
E assim, escondendo
externamente
A ternura, me ponho
docemente
No lugar de amigo e
de irmão.
Aqui lavro esta carta
condizente
Com os votos sutis e
reticentes
De estima e de
consideração.
F. Mozart
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