sábado, 11 de fevereiro de 2012

POEMA DO DOMINGO

CANTORIA NO INFERNO
 
F. Mozart

 
Eu me chamo José, o cantador
O poeta de trovas estimadas
Tou aqui entre as almas desgraçadas
Que o Senhor Jesus Cristo desprezou
Entre as almas no nível inferior
Tou aqui pra fazer a reportagem
Peço a Deus e aos pés da Santa Imagem
Rogo a Nossa Senhora Aparecida
Que me leve de volta à outra vida
E me dê muita fé, muita coragem.

Nesse inferno, lugar de provação
Vejo coisas que me deixam abatido
Toda hora se ouve esse gemido
São espíritos em grande aflição
E os demônios em toda legião
Esbravejam e rugem no além
Eles são poderosos e ninguém
Tem coragem para desafiar
E a cada momento ele está
Arrancando a pele de alguém

Eles tão ordenando até a guerra
Entre si lutam os capitalistas
As nações fazem saques e conquistas
Dirigidas pelo diabo lá na terra
Quem tem religião é quem mais erra
Fazem atos e mais atos monstruosos
E inventam instrumentos horrorosos
Pra dar cabo de todos os viventes
Só se salvam os bons e penitentes
Afrontando esses tempos tenebrosos.

O diabo é o rei dos armamentos
Tem na terra milhares de empresas
Com o poder ele tem muitas certezas
De chegar a ser rei do firmamento
E criar uma era de tormento
Através da mentira e traição
Pervertendo e arrasando a nação
Que a ele se curva ambiciosa
Pela vil propaganda mentirosa
Que ele usa pra vencer o cristão.

Ele é chefe de trustes e cartadas
Que a morte semeia e causa a fome
E corrompe o mais sério dos homens
Que se vende pra causas desgraçadas
E as classes dirigentes mascaradas
Também servem a esse intento diabólico
Até mesmo o povo que é católico
Trai a Deus e também trai os irmãos
E o demônio os conduzem pela mão
Sobre o Santo colégio apostólico.

(Da peça teatral “A peleja de Lampião com o Capeta”)

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