quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Difusora “A Voz de Itabaiana” e a minha saudade

Edriano Silva

Neste momento estou me lembrando da minha tia Augusta, quando me levava com ela para o seu trabalho na casa de Lourdinha Almeida. Eu gostava muito desses dias, não por ser apenas para sair um pouco de casa, mas porque na verdade havia algo a mais. Chamava a atenção nestes dias era sempre no final da tarde, quando eu ficava no quintal da casa a ouvir a voz do locutor da difusora. Isso me fazia ficar atento nas suas palavras, no que ele estava a dizer naquele serviço de alto-falante que ficava no alto da distribuidora de bebidas de seu Geraldo. Isso me traz muitas recordações que até agora tento compreender, mas cada momento tem uma explicação.

A difusora “A Voz de Itabaiana” é um patrimônio histórico de nossa cidade, a famosa difusora de João do Bode como é conhecida. Ela teve um fator positivo na minha historia. Era forte a curiosidade em saber de onde estava vindo aquela voz, que fazia uma locução de um jeito bem engraçado às vezes, a rima dava certo outra vezes não, mas eu ficava encantado com tudo aquilo, que ocorria ali na difusora nas tardes  tranquilas e pacatas da Rua da Lama e da principal Avenida de Itabaiana, a José Silveira. Aquele sossego que percorria até a Rua da Boca da Mata,  onde fica localizada a loja maçônica, eu me recordo até hoje desse desejo de um dia morar lá naquela rua. Foi na difusora onde ouvi a voz do grande Antonio Alves, o popular conhecido como Cabra Negro, um dos moradores da rua Boa Vista.

Então foi deste jeito que posso afirmar o quanto foi e ainda é muito importante para nossa cidade de Itabaiana a difusora “A Voz de Itabaiana”,  que até hoje fico a escutar a difusora no dia a dia de nossa cidade, na voz inconfundível de sempre, divulgando com aquele mesmo estilo, mandando alô e abraços para os anunciantes e amigos, daquela forma engraçada de antigamente. Isso me traz lembranças de minha tia Augusta que já partiu para outro lado da vida e de outras pessoas que também partiram para os  planos do Nosso Senhor Jesus Cristo, nesta minha saudade de Itabaiana  tranqüila, de muita paz e de esperança. Lembranças de Dona Didi, Claudionor e do grande Sólon, além de Lourdinha e sua filha Ana Paula. este foi um tempo muito bom de minha vida que trago guardado em minha memória no quintal da casa de Lourdinha Almeida junto com a minha saudosa tia Augusta, Zezita e Maria que também trabalhavam juntas na casa  de Lourdinha. Hoje, na trilha sonora do meu coração, toca a música da saudade deste tempo que passou, ainda escuto a difusora de João do Bode no centro de nossa cidade, fazendo seus anúncios, mandando alô para os amigos e ouvintes.

 A difusora ainda sobrevive e me inspira na recordação deste passado saudoso desta minha Itabaiana. Um verdadeiro patrimônio imaterial da nossa Itabaiana, a Rainha do vale do Paraíba.




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