Rosa de luto |
DESARMONIA
F. Mozart
Nem ditadura
nem democracia;
pra seu governo,
quero anarquia.
Nem madrugada
nem noite fria;
o que sei de mim
vivi de dia.
Nem estribilho
nem melodia,
mas canto vil,
desarmonia.
Nem a tristeza
ou alegria;
sem comoção,
com apatia.
No sangue rola
com anemia
Pura e sem jaça
egolatria.
A mente capta
apoplexia
como o exaurir
de uma sangria.
Segue sem rumo
a poesia
por falta de
cartografia.
Segue sem sonho
ou alegoria
aflito canto
que atrofia.
Flores funestas
Sem energia
Marcando o fim:
Minha alforria.
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