terça-feira, 5 de agosto de 2025

TIJOLINHOS DO MOZART

 


Há doze anos, lancei este livro de poemas que teve zero leitores. Ninguém comprou nem eu ofereci de graça. Acho que é o único livro do mundo que ninguém leu, além do autor e do revisor.

Por pirraça, mantenho a caixa com os livros. Deverão ser distribuídos com os que comparecerem ao meu velório. Como não terei velório, o livro continuará inédito por “seculum seculorum”.

É mais fácil ver o cavalo de São Jorge do que o cavalo Mamão.

Talvez eu publique o “Livro Impuro”, uma seleta com meus piores versos fesceninos (safados), mas não recomendo que alguém leia.

O único homem que compreendeu meu talento de escritor foi Sonsinho. Pena que seja analfabeto.

Meu livro “Laranja romã” foi editado com recursos da Prefeitura de João Pessoa, através da Funjope.

"O que se deve buscar num livro de poemas, além de poemas, claro? Deboche, riso, trivialidade, ironia e astúcia mal comportada." - João de Deus (in memoriam), leitor de "Laranja romã e outros poemas"

“Fábio Mozart, seu livro é uma merda, mas repleto de qualidades, a começar pelo ponto final”. (Maciel Caju)

Consulta de Sonsinho ao mestre Luiz Carlos Otávio. "Meu violão tá com problema: quando eu toco, a música sai ruim, mas quando outra pessoa toca, sai bom. O que pode ser isso?"

Atenção velhos: não tenham pena de si mesmos. Ser idoso é privilégio, não castigo. Está na cartilha de Tião Lucena.

Outro conselho para os velhinhos e velhinhas: esqueça carnê. Idoso paga à vista ou não paga. E depois vá embora deixando saudade, não alívio.

Para você que fala muito em Ariano Suassuna, mas nunca leu um livro do mestre, recomendo: "ABC de Ariano Suassuna", de Bráulio Tavares. Deve ter no Sebo de Heriberto Coelho.

Prefeito de Paranapanema, no interior paulista, renuncia para 'não roubar'. Menos de oito meses depois de assumir o cargo, um prefeito do interior de São Paulo abriu mão do mandato porque o salário é baixo demais em relação ao que ganhava como médico. "Ou voltava a trabalhar e ganhava meu dinheiro honestamente ou tirava da prefeitura", disse Márcio Faber (PV).

Faber afirmou que o salário de R$ 5.800 não chegava a 20% do que recebia como médico - R$ 30 mil.

"É um caso inédito no Brasil: alguém renunciar para não roubar", disse o vice-prefeito Antonio Nakagawa. Também filiado ao PV, ele afirmou ter sido pego de surpresa pela decisão. Nakagawa, o novo prefeito, disse que vai aceitar o salário: "Sou contador e aposentado. Para mim é suficiente".

Meu pai foi vereador, secretário de prefeitura, dedetizador de baratas, dirigente de futebol, advogado sem diploma, jornalista sem diploma, gerente de trânsito, escritor, animador de escola de samba, vendedor de cereais na feira, comentarista esportivo, locutor de programa saudosista, motorista, bodegueiro e gráfico. Nunca roubou nem foi prefeito. Foi poeta ocasional.

"Porque me organizando posso desorganizar!" (Chico Science)

"Bom dia poetas e gente normal" - (Cooperativa Literária)

“Rádio Barata no Ar, um podcast com os melhores comentaristas de política, economia, mais-valia, picardia, acrobacia, agronomia, homofobia, anomalia e anorexia. Nós sabe de tudo, que nós tem sabença.

Nossa inspiração é Jair Bosta N’água, conhecido como Capitão Caverna. Maior pique de audiência nos mais diversos segmentos jumentais e escrotais. Toda sexta-feira às 10 horas na www.radiodiariopb.com.br

"Uma mulher sem um homem é como um peixe sem bicicleta. Que falta faz?" - Madame Preciosa, começando a aceitar a solidão da velhice.

"Na realidade, nunca renunciamos a nada; apenas trocamos uma coisa por outra." – (Freud). Eu, por exemplo, troquei o bar de Zé por essa porra de Tijolinhos.

Se meu compadre Vavá Walter Mario da Luz tivesse sido Adão, a gente ainda estaria no Paraíso, porque ele teria comido a serpente ao invés da maçã.

Tem gente capaz de tudo. A polícia civil de Sergipe encontrou na Bahia a família do menino autista que foi abandonado num shopping de Aracaju.

Depois de ler “No tempo das coisas singelas”, de Tião Lucena, e devorar este “Peste e cobiça”, comungo com a opinião da escritora Clotilde Tavares: “Como parar de ler Tião Lucena? Impossível. Tião é polêmico, desbocado, atrevido, corajoso, indecente e engraçado. Não se pode ficar indiferente ao que ele escreve. E, uma vez começada a leitura, não é mais possível parar”. Esta é a maior virtude e habilidade de um bom escritor.

Em refrega jurídica, o advogado defensor da outra parte que me acusa disse à Juíza que meu blog Toca do Leão “é potencialmente perigoso para o Estado de Direito”. Achei tão ridículo o exagero do doutor que nem fiquei ofendido. O advogado precisa garantir o seu, a parte contrária precisa de argumentos e a humanidade precisa urgentemente de humor sadio.

Todos nós estamos prontos a admitir que somos um pouco loucos, mas burros, jamais. Eu admito minha asnice. Por exemplo, não sei dirigir, apesar de fazer isso há mais de 30 anos. Tenho dificuldade para estacionar, por exemplo. No geral, entretanto, as pessoas não assumem sua burrice, vide o véi Bozó.

“O homem criou o diabo à sua imagem e semelhança”. (Dostoiévski)

O meu amigo maestro Carlos Santorelli faz o hino de qualquer time, por pior que seja ele. Fez até o hino do Botafogo da Paraíba. É o Lamartine Babo da Paraíba, nascido em Itabaiana.

No futuro, o combustível será gás intestinal. Já pensando na campanha: “Dê um peido pelo seu país”.

"Deixe de falar besteira, homem!", disse minha consciência, já arretada.

“Esse Sonsinho existe ou é imaginação do paraibano inteligente? Gostei demais! Gosto de pessoas de onde o bom humor exala como perfume de alecrim.” – Yara Lima Oliveira – Feira de Santana – BA

“Fábio: Parabéns pela lucidez e por escrever sobre coisas que os alienados não interpretam e os incautos não querem ler.” – (Norma Astréa)

Para efeito da boa marcha dos serviços, é bom que a gente sempre tenha em mente: todos nós somos uns safados egoístas. Ninguém é melhor do que ninguém.

Tijolinhos com votos de pleno vigor para o amigo Jacinto Moreno.

 

VERSO DO DIA

 

Não a Ti, Cristo, odeio ou menos prezo

Que aos outros deuses que te precederam

Na memória dos homens.

Nem mais nem menos és, mas outro deus.

No Panteão faltavas. Pois que vieste,

No Panteão o teu lugar ocupa,

Mas cuida não procures

Usurpar o que aos outros é devido.

 

Ricardo Reis

 

 

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