quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

SENTARAM O PAU NO LEÃO


O saudável exercício da crítica e da descompostura


“Você é do tipo de gente que esconde por trás de textos pretensamente humorísticos e brincadeirinhas sobre seres humanos uma inaptidão e fobia social. Tenho medo de pessoas assim. E sinto pena. Muita. Porque, no fundo você deve ser um cara que não sabe o que é gentileza nem afeto. Um sujeito que não compreende as pessoas. Um frustrado”.

Quem assim pensa do velho Leão é uma leitora por nome Cecília, depois de ler sobre o "Clube das mulheres cafajestes". Sem querer ser grosseiro - já sendo – de minha parte acho você uma mulher que sofre sérias frustrações, mal amada e mal vivida, além de tudo burra. O que eu faço aqui é literatura, mesmo ruim. Meus personagens não são alter ego do autor.

Confesso que gosto dessa interação com os leitores. Publico esta crítica, mas também confesso que não costumo divulgar os comentários negativos enviados à Toca. No entanto, a leitora bateu pesado com a massa do ridículo, merecendo destaque.

Racionalmente falando, entendo que as pessoas façam leituras diversas das obras de arte, até mesmo sobre crônicas banais e sem inventividade como essas que publico por aqui. No caso da Cecília, convoquei a psicóloga Madame Preciosa que deu seu veredicto: é um caso típico de inveja. Trata-se de mais uma mulher que tem inveja dos homens. Solteirona, ela sofre porque, no caso dos homens, ser solteiro é sinal de masculinidade e energia. Os homens carecas e de cabelos grisalhos são vistos como charmosos. Já ela, com sua barriguinha de meia idade, rugas e celulite, vive triste, sem sexo e sem perspectivas.

Não concordo com a Madame. Tanto homem quanto mulher podem ser idiotas, insensíveis e preconceituosos. E tanto um quanto a outra nasceram pra ser livres. Se cada um constrói sua própria prisão existencial, aí já são outros quinhentos.

Em todo caso, obrigado Cecília por você se importar com o que escrevo, bem ou mal. Não deixa de ser motivador.


OUTROS COMENTÁRIOS:

Conceição Ramos tem 66 anos, mora em Curitiba, Paraná; “Valeu por tudo e principalmente pelo poema de Florbela”.

“Porra, o cara é bom mesmo. Além de escritor, ainda entende de mulher, coisa que nunca consegui. Aos 19 anos de idade, tentei entender e quase morri... DE VELHICE!” – Erasmo Souto Camilo – Recife-PE

Um comentário:

  1. Acho que a leitora que faz esse tipo de critica ainda é do tempo que Cafajeste era adjetivo só masculino já que em coro feminino se dizia “ Todo homem é cafajeste”. Sra procure o “ Pai dos Burros” e veja o significado da palavra. Nos tempos idos as cafajestadas femininas eram bem maiores e sempre vantajosas, como o golpe da barriga, do baú , do viúvo velho e, tantos outros. Mulher corneava marido ate com o padre e, quando descoberta as outras defendiam dizendo, ela fez isso por amor, também, a bichinha foi obrigada a casar. Hoje os recursos legais e técnicos não mais permitem tais cafajestadas, tanto pra eles quanto pra elas. Afinal Sra Letícia para quem os escritores devem dirigir seus contos , romances, piadas, peças teatrais , senão for para os seres humanos , registrando a vida que pode ser no drama , na tragédia ou na comédia que é o caso do “ Clube das Mulheres Cafajestes? Não conheço uma obra em que Madame Preciosa não marque presença, até na historia do Brasil, passada e atual a danadinha está lá.
    Se sente incomodada leia “ Literatura Infantil”, assista desenhos animados e peças infantis, lá todas as historinhas são direcionadas a bichinhos .

    Desculpe D. Letícia, mas nessa critica a Sra foi “ Bola Mucha”

    Orlando Araujo

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