quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ex-punk “carniça” de SP discorda do Leão


O cidadão que adota o pseudônimo de Arauto Noturno escreveu para a Toca, sobre minha crônica falando do movimento punk:

“Puta merda, fui punk carniça (aqui no ABC paulista) da terceira geração e depois migrei para o skinhead. Realmente é um movimento de contra-cultura, no sentindo real o punk é gang! Nada mais do que isso, só violência, alguns podem querer camuflar e o movimento não é para qualquer um. Muitos também dizem que punk é anarquia (menciono o sistema politico) mas um anarquista de verdade sequer sabe o que é punk. Interessante seu ponto de vista, porém discordo de muita coisa que você escreveu. Um abraço e tenha um ótimo dia”.
Arauto Noturno assim se define: “Sou apenas um andarilho nesse mundo de Deus, testando meus limites, aprendendo a respeitar e conviver com os outros. Melancólico por natureza, almejo uma vida bucólica, onde venha aprender a lutar contra meu maior inimigo: eu mesmo”.

Nosso Arauto parece que é um sobrevivente da guerra pessoal contra as drogas: “Um ensinamento que me foi dado na favela do Mata Porco em SP: ‘peixe morre pela boca e vacilão pelo nariz”.

O leitor Rodrigo Bro, de Belo Horizonte, Minas, escreveu sobre o tema: “Olá, Fábio. Gostei muito de sua reflexão. Parabéns”.

Meu caro Arauto, eu tenho um puta preconceito contra esses caras que se intitulam Skinhead, ou cabeças peladas em inglês. Uma parte desses cabras, o lado direitista deles, odeia os nordestinos. Ainda bem que você caiu fora desse bando, senão eu ia mandar capar. Nada contra o estilo de vida, mas se falar de minha Paraíba vai pra peixeira!

Ta bom, um preconceito não justifica o outro. Mas que são uns vacilões, isso é verdade. Você mesmo reconhece. Sou amigo de uma dona que se diz nazista. Nós discordamos politicamente. Eu quase que nada sei, mas desconfio de muita coisa. Desconfio, por exemplo, de que o tempo não ta pra dividir a humanidade em castas. A onda agora é a diversidade, a pluralidade e a tolerância, ta ligado?

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