quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

DIA DA GRATIDÃO


Minha folhinha diz que hoje, seis de janeiro, é dia de Reis e dia da gratidão. Sobre os Santos Reis, deixo as homenagens a cargo do prefeito de Santa Rita, Marcos Odilon, sujeito monarquista histórico e juramentado. Ele diz que é rei do Reino de Santa Rita, Bayeux e adjacências. As más línguas dizem que ele reina, mas não governa, que essa tarefa fica a cargo de sua patroa.

Pretendo aqui falar desse estado de ânimo que envolve o sentimento de dívida emotiva para com alguém que lhe prestou um benefício. Desejo agradecer aos compadres e comadres da lista abaixo pelo auxílio que me prestaram no ano recém findo. Alguns ficaram fora da lista porque querem manter o anonimato, tímidos ou discretos que são.

PROFESSOR BENJAMIM – Esse itabaianense que mora em Campina Grande acreditou no projeto do Ponto de Cultura, incentivou, ajudou com doação de livros, saiu de Campina Grande para visitar nossa casa, enfim, espalhou no seu círculo de amizade a boa nova de um centro irradiador da cultura e da arte em sua terra. Em seu nome, sou também grato aos demais colaboradores.

WALTER BRANDÃO – Sogro de minha filha. Eu me considero uma pessoa inibida e nunca agradeci como deveria ao Walter pelo seu empenho quando resolvemos comprar uma casinha pela Caixa Econômica. Foi ele quem saiu à procura da melhor oferta, negociou, correu atrás dos trâmites burocráticos, manteve relações diplomáticas para concluir o negócio com os proprietários, pessoas difíceis, enfim, graças a ele minha família hoje mora debaixo de um teto que um dia será nosso definitivamente. No contrato da casa, assumi uma dívida por muitos anos. Com Walter, minha dívida é de gratidão eterna.

Caro Fábio Mozart:


Quem não vive pra servir, não serve para viver. Estarei sempre às ordens e me sentirei sempre honrado, tratando-se de uma família bonita e abençoada por Deus, além da minha nora Etiene, a filha que não tive.

Um abraço fraterno, amigo, e um feliz 2011.

Walter Luis Brandão

MAESTRO JOSINO MENDES – Meu amigo de infância. Quando soube que o Ponto de Cultura estava precisando de alguém para ensinar teclado, apresentou-se para trabalhar de graça. Deu aulas de teclado aos jovens interessados com o entusiasmo dos artistas sensíveis e sonhadores, com a dignidade e amor ao próximo dos idealistas. Em seu nome, agradeço também aos demais voluntários que ajudaram na tarefa de dar consistência ao projeto do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar.

SÓSTHENES COSTA – Meu irmão mais velho. Advogado, saiu em defesa do velho Leão na ação que contra mim moveu uma senhora cujo nome estou proibido de citar neste blog. Sósthenes é o defensor ideal: competente, emocionalmente envolvido nas causas por laços de sangue, sem frescuras e trabalha no velho sistema 0800, ou seja, totalmente de graça.

MARIA HELENA MALHEIROS – Filha do líder camponês Biu Pacatuba. Através do seu depoimento, escrevi um livro que ela se encarregou de mandar imprimir na Gráfica e Editora A União, com o apoio do seu amigo jornalista Nelson Coelho, superintendente dessa empresa estatal. Não paguei nada pela edição do livro, que ainda conta a história da cidade de Mari. Além de assumir os encargos financeiros da edição, ela forneceu documentos importantes para um livro que pretendo escrever sobre o movimento das Ligas Camponesas, incluindo várias fitas cassete com gravações históricas de depoimentos de líderes como Ivan Figueiredo, pequeno proprietário rural amigo do seu pai que, em 1958, iniciou a construção das Ligas. O livro “Biu Pacatuba – um herói do nosso tempo” acabou ganhando o Prêmio Nacional “Patativa de Assaré” de Literatura de Cordel, do Ministério da Cultura.

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