Meu cérebro está assim como uma televisão em preto-e-branco sem sintonia. Entra e sai do ar, conforme a agitação da doença. Agora mesmo está um pouco melhor, mas, a maior parte do tempo tenho que segurar a antena e não mexer, mesmo assim a imagem volta e meia insiste em sumir. Tomaram minha exaustão como depressão e indicaram a conveniência de dietas exóticas e distrações idiotas.
Recebi mensagem da companheira Fabiana Veloso solicitando redação de carta para a Presidente eleita Dilma Rousseff, tratando da situação das rádios comunitárias da Paraíba. É que Fabiana foi hoje a um encontro com a Dilma em Fortaleza, representando a Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária no Estado da Paraíba – Abraço, ela que é Coordenadora de Comunicação da entidade. Justificou o pedido porque sou veterano nesse movimento de rádios livres e comunitárias e o seu computador estava travando.
Remando contra a maré, disse a Fabiana que a minha mente é que está travando, deixando de interagir com os comandos. E mais: que não acredito em avanços para nossa causa com a gestão da Dilma, afinal uma continuidade do governo de Lula. Basta ver a equipe da área econômica já escolhida. O Ministério das Comunicações continuará nas mãos do PMDB e seus tubarões midiáticos.
Mas, em atenção aos novos militantes dessa guerra pela comunicação democrática, não vou estragar a festa da fé dessa minha gente, porque sem fé não se vive, ou vive-se mal. A vida perde parte do seu encanto. Não liguem para o meu clássico estilo oposicionista, vocação muito antiga para ser do contra.
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