sábado, 6 de novembro de 2010

Decadência dos Correios tira o sono de Lula

Carteiros abraçam a Presidente Dilma Roussef

Lula já não aguenta receber notícias sobre a deterioração da qualidade dos serviços da estatal Empresa de Correios e Telégrafos. “Por mim, toda a diretoria deveria ser demitida”, desabafou o presidente, segundo fontes do Planalto. O maior problema dos Correios não é a diretoria, mas sim os profissionais incapacitados para os cargos, leia-se sem treinamento adequado para desempenhar funções de chefia. No governo Lula, chefia nos Correios não tem profissionalismo, mas sim ficha de filiação ao PT. Como o partido dentro da ECT não possui quadros com qualidade técnica, é fácil se encontrar balconista com chefe de agência, carteiro como supervisor, técnicos de formação executando funções subalternas e assim por diante, não podia dar outra coisa senão a decadência. Só Lula não sabe disso.

Essa nota li na internet, junto com queixas de empregados e usuários:

“Trabalho nos Correios há 15 anos, e a crise na empresa é gritante! Pois os cargos de direção e presidente em Brasília são nomeados, não só agora, mas desde 1978 pelo Governo Federal. E o fato de colocarem pessoas de fora da empresa que não são de carreira levam ao sucateamento da mesma, pois esses políticos que assumem a empresa simplesmente não entendem de nada. O atraso das correspondências não é culpa dos carteiros, e sim da má gestão de seus diretores. Então, por favor, comecem uma campanha, para que as empresas estatais só possam ter presidentes e diretores de carreira!”

“O que é preciso é os Correios voltarem a ser uma empresa que se preocupe em servir a população e não apenas obter lucros a todo custo como está sendo. Trabalhei nos Correios e o que vi foi uma falta de respeito às pessoas, ao querer empurrar telesenas, carnês do baú e outras enganações, principalmente nas pessoas mais humildes. Além da exploração que há com os funcionários.”

Eu particularmente tenho uma queixa contra os Correios que é de dar pena. É que um rapaz de Minas pediu os livros de mágica do meu tio Mister Kaltos, obras antigas do começo do século vinte, umas preciosidades. Confiando nos Correios, postei sem registro e os livros jamais chegaram ao seu destino. Por confiar na empresa, também remeti meu livro “Biu Pacatuba” via Correios para vários amigos, sendo que só três entre dez receberam. Os demais ainda hoje aguardam a encomenda.

Minhas melhores recordações dos Correios remetem para meus verdes anos, quando fui filatelista e mantinha correspondência com dezenas de pessoas do Brasil e do resto do mundo. Daí que quase fui empregado da empresa, orientado pelo saudoso senador Humberto Lucena, político que tinha um feudo nos Correios: todo correligionário que necessitasse de um emprego, certamente seria contratado como carteiro ou telegrafista, com aval do político paraibano. Não quis ser telegrafista dos Correios, preferindo trabalhar na Rede Ferroviária como telegrafista concursado. Pelo menos nos tempos de Humberto Lucena a ocupação política dos Correios era feita com mais critério.

Em nome do mágico Marlon, de Minas, e da memória do meu tio, peço aos Correios através do meu compadre Sanderli que entreguem os livros. Peço também desculpas por não ter enviado por Sedex, modalidade explorada pela empresa que dá lucro. Trata-se, no entanto, de encomenda carregada de valor sentimental.

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