quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Flagrantes da vida real nos puteiros



Biu Penca Preta entrou no puteiro com intenção de comer a dona.

- Vai querer o que? – perguntou um sujeito mal encarado, careca e feio como a necessidade, que atendia pelo nome de Topada.

- Quem é a dona do puteiro?

- Minha mãe.

- Sua mãe?

- Vai querer o que?

- Vodka.

- Só tem cachaça.

- Serve.

- Mais alguma coisa?

- Desculpa perguntar, mas sua mãe parece com você?

- Parece.

- Então me vê só a cachaça.


***

Doutor Sócrates chegou em João Pessoa, Paraíba, para uma missão humanitária do UNICEF. Quando desembarcou no galinheiro que chamam de aeroporto, o Doutor foi recepcionado por um babão que levou o homem para o Hotel Tambaú. 

- “Pra mim não precisa de nada disso: basta um quartinho com ventilador, frigobar com cerveja e o endereço do puteiro em cima da mesa”- disse Sócrates.

Levaram o homem para comer no Mangai. Ele explicou que estava de dieta líquida, não comeu quase nada e ficou estarrecido quando soube que o restaurante não servia bebida alcoólica. A proprietária mandou comprar cerveja só para o craque.

*** 
Meu compadre Ameba teve uma noitada mal sucedida. No sábado, foi ao baile. Ao entrar no clube, prendeu o dedo na “borboleta”.  Mais tarde, já no salão de dança,  meteu-se numa confusão onde tomaram sua namorada, foi espancado e ainda perdeu um pé de sapato. Saiu da boate sob uma chuva fina e fria do mês de junho e ficou do lado de fora matando a fome com cachorro quente. Pra curar a dor de cotovelo, resolveu ir ao cabaré. Arrumou uma puta melodramática. Passou a noite toda consertando o relógio de cabeceira da quenga e dando conselhos para que ela abandonasse aquela vida.

***
Os puteiros existem desde a epóca da Familia Dinossauro e é uma das instituições mais sagradas da historia mundial, assim como a Igreja Catolica, a Maçonaria, a Coca-Cola e os times de futebol.

Os puteiros são conhecidos por vários nomes: Zonas, Cabarés, Antros de Perdição, Escolas do Sexo, Casas da Mãe Joana, Casas da Luz Vermelha, Bordéis, entre outros. Na cidade de Itabaiana, famosa pelos seus cabarés, o “antro da perdição” era conhecido por Manichula, Carretel, Malvinas, “Fura Couro” e “Vai quem quer.” Dizem que um padre conseguiu ligar as duas instituições mais velhas do mundo: armou um cabaré na porta da Matriz, com os dividendos em benefício das obras da Igreja.


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