Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana com a peça "O Banquete final", de minha autoria |
O livro “A Voz de Itabaiana e outras vozes” foi editado com o patrocínio do Banco do Nordeste e Fundação Nacional de Artes. Trata-se de um livro de crônicas sobre minha cidade, reunindo ainda o poema “A História de Itabaiana em versos”. Este livro é de leitura obrigatória para todo itabaianense, independente da idade, posição social, política, sexual e coisa e tal.
Para ajudar o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, um lugar para discussão, produção e incentivo à cultura, doei 400 exemplares da obra para serem vendidos por estudantes que participam da Gincana Cultural Emir Nunes, envolvendo seis escolas da cidade. O Ponto de Cultura sobrevive com os poucos recursos que consegue recolher com amigos, marginalizado que é pelos poderes públicos, talvez por valorizar produções culturais não hegemônicas e não se filiar a nenhuma corrente política. Pois algumas almas sebosas já comentam na cidade que estou usando crianças e adolescentes para promover a venda dos livros. Não sabem esses cretinos que a Gincana é realizada com apoio e parceria do próprio Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente, que vê na iniciativa uma forma de incentivar a leitura entre os estudantes. Juízo crítico desse nível é próprio de idiotas, desgostosos por não terem capacidade nenhuma de dar um sentido às suas vidinhas inúteis.
Mas isso me leva a um raciocínio sobre arte e economia de mercado. Já publiquei cinco livros sem investir nem um centavo, que não tenho, na edição das obras. Foram patrocinadas pelo Governo ou dádivas de amigos. Eu entendo que o artista deve doar suas criações aos demais seres humanos, e não lucrar com elas. O pensador americano Lewis Hyde escreveu que “quando não há doação não há arte”. Para ele, uma obra de arte pode ser vendida ou comprada, mas o seu componente de pura doação não se enquadra no conceito de mercado. Meus livros são vendidos a preços simbólicos para ajudar projetos culturais e humanitários. Minhas peças teatrais são montadas com o sacrifício do coletivo de atores e técnicos e depois mostramos gratuitamente nos mais diversos ambientes. Já levei espetáculo para o Recife, por exemplo, para a festa de Natal do GAAPAC - Grupo de Apoio e Auto-ajuda para Pacientes de Câncer.
A verdadeira arte não é para venda. Meu prazer é realizar a obra de arte, enquanto estou escrevendo, dirigindo uma peça, um filme. A arte autêntica acontece durante o processo de criação. Depois não importa o que acontece com ela, se vai ser compreendida, se vai agradar ou não. Se o artista passa o chapéu após a execução de sua obra, para comprar alguma coisa de comer ou pagar os custos da produção, não está vendendo nada.
Todos os meus livros são editados conforme os princípios do Copyleft, onde abro mão dos direitos autorais. Todo mundo fica autorizado a copiar o conteúdo do livro e divulgar em qualquer mídia.
UM LIVRO CATIVANTE E CHEIO DE CONTEÚDO!... A CADA CAPÍTULO NOVAS HISTÓRIAS DE MINHA ESTIRPE E DE MEUS CONTERRÂNEOS ITABAIANENSES (PB).
ResponderExcluirgiuseppemarcello.writer@r7.com