Maus tratos é todo ato, único ou repetitivo, ou até omissão velada, que pode acontecer com a pessoa idosa, onde ocorre dano ou incômodo. Atualmente, uma das formas mais comuns é o abuso financeiro ao idoso. É exploração imprópria e ilegal ou uso não consentido de seus recursos financeiros. È o uso ilegal e indevido, apropriação indébita da propriedade e dos bens financeiros, falsificação de documentos jurídicos, negação do direito de acesso e controle dos bens, administração indevida do cartão do segurado do INSS.
No meu caso, o abuso foi cometido pela Caixa Econômica Federal, essa instituição que é primeira na lista dos bancos que pior atendem aos clientes, segundo pesquisa de órgãos de defesa do consumidor. Trata-se de dinheiro, mas não houve exploração. Chamarei então de abuso institucional. Sou um idoso que vive de aposentadoria, o que significa sobreviver às duras penas com proventos de miséria. Por isso procurei a Caixa Econômica para refinanciar um empréstimo. As garotas super-chatas da Caixa em Itabaiana me fizeram voltar porque o sistema estava fora do ar. Moro em João Pessoa. Na segunda viagem, consegui fazer o negócio, depois de muita burocracia e má vontade. No dia seguinte, recebo um telefonema da moça que me atendeu:
--- Senhor Fábio, houve um engano aqui, e os seus documentos do empréstimo precisam ser novamente assinados. Compareça à agência.
Isso é ou não um abuso contra idoso fracassado, desfalecido pela crise econômica, doente e impossibilitado de viajar? Por isso se diz que a Caixa é econômica no quesito relações públicas.
Eu considero isso uma violência institucional, que está presente na prestação de serviços, geralmente através de uma burocracia impessoal e discriminadora, como as longas filas, a falta de comunicação ou a comunicação confusa e a ausência de uma relação pessoal compreensiva. Nessa mesma agência, já passei três horas corridas numa fila. http://recantodasletras.com.br/cronicas/1613174
Pedi à moça para deixar os documentos com uma pessoa amiga para enviar para João Pessoa. Ela negou essa facilitação. “São normas da Caixa”, disse a moça. Faltou perguntar a ela se era também norma da Caixa fazer o cliente pagar pelos erros dos seus funcionários.
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