quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Vladimir Carvalho testemunhou o espetáculo de Pingolenço na feira de Itabaiana
Caro amigo Fábio Mozart,
Você é o tipo do homem necessário nessa terra que é nossa, do coração. Comovi-me com a sua garimpagem encontrando essa jovem poeta inédita. Que beleza! No seu blog descobri que há esse livro sobre o velho Pingolenço, que conheci no meu tempo de menino, em plena atividade e por quem tenho, além da admiração, uma enorme curiosidade. Como faço para conseguir esse precioso documento?
Grande abraço,
Vladimir Carvalho
Brasília/DF
VLADIMIR: Na verdade, o livro de José Augusto de Brito oferece poucas referências sobre Pingolenço, apesar do título da obra. O que sei dessa personagem foi-me contado por meu pai, jornalista Arnaud Costa, atualmente residindo em Sapé, ainda lúcido aos 80 anos de idade.
Estou tentando escrever roteiro para um documentário sobre minha terra adotiva e pátria do meu pai, irmãos e filhos. O título provisório: “Itabaiana, terra de bamba”. Não sei se teremos condições técnicas para inserir trechos de ficção, mas se for possível certamente Pingolenço estará no filme, fazendo graça no meio da rua e fazendo justiça entre os desvalidos. Se conseguir transpor os obstáculos e produzir tal documentário, vou logo adiantando que será dedicado ao Vladimir Carvalho, honra e glória da terra de Zé da Luz e Abelardo Jurema. No momento estamos em fase de captação de recursos via leis de incentivo à cultura.
Meu pai conta que Pingolenço morreu desvalido e humilhado. Foi no tempo da segunda guerra. Com a escassez de combustível, o óleo era muito valorizado. Vendia-se óleo combustível nas ruas de Itabaiana em uma carroça de boi. Pingolenço aparava as sobras que pingavam da torneira para queimar em seu candeeiro e foi por isso desmoralizado pelo dono. Seu coração não suportou o ultraje e parou.
Leia mais sobre Pingolenço em
http://fabiomozart.blogspot.com/2010/04/homem-dos-sete-instrumentos.html
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