domingo, 26 de setembro de 2010
Sindicato dos ferroviários homenageia maquinista morto
Foi hoje, domingo (26), a inauguração do espaço de eventos e lazer do Sindicato dos Ferroviários da Paraíba, entidade que ajudei a fundar em 1983. A sala recebeu o nome de Adjalmir, meu companheiro de trabalho que faleceu no ano passado.
Estive no Sindicato para abraçar velhos amigos, entre eles o compadre Cleofas, Presidente do Sindicato, que está comigo na foto, ao lado do banner que homenageia Adjalmir, nosso amigo comum.
Enfraquecidos e desestruturados, os sindicatos ferroviários estão entre as principais vítimas da política de transporte do Governo, desde FHC. Com a privatização da rede ferroviária, ficamos sem quadros. Nosso sindicato tem seu número de associados cada vez mais reduzido, e haverá muito menos daqui pra frente.
Abalado pela privatização e pela crise do setor ferroviário, o Sindicato vive de teimoso. Mas ainda tem forças para organizar uma sala para receber os companheiros em suas horas de folga, lembrando o nome do meu amigo Adjalmir.
Parabéns ao companheiro Cleofas e sua diretoria, os que ainda têm coragem de se organizar coletivamente, apesar de se tratar de um sindicato quase sem base nenhuma. Perdemos arrecadação, perdemos poder de articulação e consequentemente perdeu a categoria sua referência diante do pensamento neoliberal que tomou conta do país, principalmente a partir dos anos 90.
Isso dá grande insegurança ao trabalhador. Ferroviário hoje é uma classe em extinção. Nossa categoria atualmente está distante de uma postura politizada.
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