quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Uma alma lavada e outra chateada


Recebo mensagem do itabaianense José Ricardo Oliveira, radicado no Recife:

“Venho agradecer ao nobre colega essas historias belíssimas que me são enviadas. Antes de sair para a guerra do dia-a-dia leio suas crônicas e me sinto criança, saio com a cabeça aberta e a alma lavada e vou como
se estivesse indo para o Colégio Estadual de Itabaiana encontrar-me com os amigos da
terrinha. Muito obrigado”.


A minha leitora Fatita Vieira reclama:

“Acho que não quer que apareçam no seu blog comentários ruins ou até agressões ao que você escreve, porque pode ter alguém que não goste do que escreve e queira soltar os cachorros, por isso modera os comentários.

Andei lendo o Blog do Dércio e nele vi que os comentários são livres, sem moderação. Atualmente parece que estão suspensos por causa da lei eleitoral. Abaixo, em vermelho, segue um que eu peguei do blog dele, nos quais soltam os cachorros, mas tá tudo lá publicado.


por gilson carlos gouveia da silva, 07.04.2010 - 16h10
homi saia deste site que tem pessoas honestas e bem informadas, saia, você é desinformado demais e babão.


Muito honestamente e sem açodamento, lhe digo, Fábio, que acho uma coisa totalmente fora de propósito uma pessoa como você, que prega a liberdade de expressão para si (e olhe como prega!!!), não dar essa mesma liberdade para as pessoas que lêem seu blog e deixam comentários. Tenho certeza de que muito mais pessoas deixam comentários lá, mas você não publica. O motivo? Só você sabe”.


Dona Fatita, esse medo de não ser aceito é um temor antigo que mora numa casa escura onde o diabo cumpre expediente, faz esquina com os recantos mais sombrios da imaginação.

Falo do ponto de vista de um sujeito extremamente tímido, vencendo muitas dificuldades já na meia idade para encarar as relações sociais. O crivo do outro é uma espada afiada no coração do sujeito acanhado e debilitado psicologicamente.

Portanto, se depender de mim, prefiro que não me desnudem, mesmo que falem a verdade. No camarada desembaraçado, a crítica reforça a fé própria. Para nós, os tímidos, tira completamente a auto-estima.

Peço desculpas por não publicar comentários que me constrangem. Mesmo sabendo que, muitas vezes, criticar é talvez um dos atos mais puros de amor e compaixão na medida em que mostramos ao outro a possibilidade de um novo caminho.

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