domingo, 19 de setembro de 2010
A cultura em Itabaiana
Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana em apresentação no Recife (A Peleja de Lampião com o Capeta)
Dr. Romualdo Palhano
Observando num sentido mais abrangente, percebe-se que no município de Itabaiana, os projetos culturais e as manifestações artísticas percorreram a seguinte trajetória: do início do século XX até pelo menos a década de 1960, essas manifestações, como música, poesia, artes plásticas, dança, teatro entre outras, giravam em torno da União de Artistas e Operários. Ainda na década de 1970, como sujeito social, tive oportunidade de vivenciar o quanto eram concorridos os bailes carnavalescos promovidos por aquela associação. Todavia, essa configuração muda a partir de meados da década de 1960, quando passam a ser lideradas por outra instituição, desta vez, o Ginásio Estadual de Itabaiana, cuja denominação foi mudada para Colégio Estadual de Itabaiana e depois Colégio Estadual Dr. Antonio Batista Santiago; já a partir de meados da década de 1970 essas manifestações artísticas e culturais passam a se concentrar no efetivo e consistente trabalho do GETI – Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana.
Das terras de Itabaiana florescem grandes personalidades como Abelardo Jurema, que foi Ministro da Justiça no governo de João Goulart; Otto Cavalcanti, considerado na Europa como uma das melhores expressões da arte tridimensional; Pingolença, artista que marcou época em Itabaiana; Izaías Alves da Silva, “Mestre Záia”, escultor e caricaturista da maior qualidade, conhecido em todo o Brasil; Adeildo Vieira dos Santos, cantor e compositor renomado na Paraíba e no Brasil; Djanete de Lourdes Souza de Meneses, respeitada judoca, campeã várias vezes no seu esporte preferido; Manoel Lourenço da Silva, poeta repentista de São José dos Ramos, que abrilhantava as noites de Itabaiana e ficou muito conhecido como Manuel Xudu; Vladimir de Carvalho, cineasta e professor da Universidade de Brasília; Severino de Andrade Silva, poeta popular que ficou famoso com o pseudônimo de Zé da Luz; Bastos de Andrade, poeta popular e irmão de Zé da Luz; Severino Dias de Oliveira, o “Mestre Sivuca”, artista de fama internacional e grande compositor da música popular brasileira.
Na atualidade, o município continua preservando-se como símbolo e berço da cultura com o trabalho do poeta Fábio Mozart que publicou em 2007 o livro “História de Itabaiana em Versos e Algumas Crônicas Reais” e principalmente com a obra do poeta popular Jessier Quirino, que vem mantendo viva a tradição cultural do lugar.
Portanto há que considerar que Itabaiana é berço dessas pessoas alegres, dessa gente faceira e amável, que se destacaram e ainda se destacam no cenário local, estadual, nacional e internacional.
(Do livro TEATRO EM ITABAIANA – Da União dos Artistas ao GETI)
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