Placa indicando venda de areia na beira do rio Paraíba, na estrada que liga Itabaiana a Mogeiro
Meu compadre Professor Benjamim reage bem à notícia de que o Ministério Público começa a agir no caso da extração de areia do rio Paraíba em Itabaiana. “É hora de botar o bloco na rua e por a galera do Cantiga de Ninar trabalhando com as ferramentas da cultura em defesa do nosso rio”, sugere. Na cabeça de Benjamim, já se forma um festival chamado “Cadê meu rio que tava aqui?”, com concurso de música, poesia, fotografia, pintura, dança, redação e etcéteras. “Sonho em ver as margens do rio ao passar por Itabaiana ‘urbanizada’.
Ali, para um lado e para outro da ponte velha deveria haver jardins e bancos de praça.
Parece que hoje acumula-se muita sujeira, diz Benja, que me chama de vigilante do povo. Mas não sou não. Em Itabaiana tem gente que está valentemente empenhada nessa luta em defesa da vida, merece ser citada na batalha contra fortes interesses econômicos. Falo do meu compadre Marconi Xavier e do João Batista, ativista ecológico, vozes corajosas.
Meu compadre Quelyno Sousa também dá a sua contribuição em favor do nosso rio. Repassou o material com as denúncias para Rossana Honorato, da Superintendência de Administração do Meio Ambiente na Paraíba.
O itabaianense Orlando Araújo considera vitória parcial se o Ministério Publico conseguir parar a retirada da areia do rio Paraíba. Ele não acredita em penalidades para os responsáveis pelo crime ambiental. “As leis brasileiras são redigidas com inteligência brilhante, mas aplicadas com efeitos de apagões de energia elétrica. No caso em questão, a Lei sancionada foi a de nº 9.605/98 que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Seu conteúdo é extenso, mas se apenas três artigos nela constante fossem levados a sério, o caso da areia provavelmente teria outro desfecho final e provaria que no Brasil nem tudo fica impune”, opinou Orlando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário