Do mar arriba, as maravilhas da Paraíba

Este moço que está fazendo o papel de garoto propaganda do meu livro é o forrozeiro, poeta e tocador de pandeiro Orlando Otávio, autor do livro ainda inédito “Do mar arriba, as maravilhas da Paraíba”, onde promete visitar todas as 253 cidades, contando em versos as riquezas culturais e naturais do planeta paraibano.

Mas tem mais: o surpreendente Orlando Otávio é vocalista e compositor do grupo de música regional “Ganzá de Ouro”, que até agora só tem propaganda, ainda não rendeu um coco de roda, mas vai render. Aguardem que onde Orlando bota os pés, nasce coisa...

Quanto ao arrojado livro das maravilhas do interior paraibano, não se agite o leitor precipitado. Pressupostamente, o livro deve sair até o fim do ano porque a conjuntura não está fácil para quem edita livros por conta própria. Eu que o diga.

Na foto de cima, em recente reunião lítero-social, os itabaianenses Fernando Tavares, Jurandi Pereira, Orlando Otávio, Fábio Mozart e o comediante Biu Penca Preta, cabra inspirador do livreto “As aventuras de Biu Penca Preta no reino da fuleiragem”, a sair pela editora “Vai à força”.

Velhos e estimados personagens que estiveram no lançamento do livro “O teatro na terra de Zé da Luz”, sexta última em Itabaiana. Um deles, o meu compadre Jurandir Pereira, sem jamais ter colocado os pés no palco, foi um dos fundadores do Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana em 1976.

Biu Penca Preta, coisa fora do comum, veio pedir um trocado pra virar duas batidas de limão na rua do Carretel. Tasquei logo esse improviso:

O meu problema de caixa

Não tem contador que conte

Há muito secou a fonte

E nado na maré baixa.

Eu estou mesmo na faixa

Do velho quase indigente

Magro, amarelo e doente

Que o vil provento rebaixa.

Na vida de aposentado

O domingo é dia útil

A segunda-feira é fútil

É viver agoniado

Andando atrás de um trocado

Pedindo dinheiro a juro

Chorando por trás do muro

Como um judeu derrotado.