Poucos leões se salvaram
Dessa grande humilhação,
Pior dos mundos possíveis:
A execrável prisão.
Na solidão comovente
O leão vê a ruína
Do seu sonho soberano
Sem entender sua sina.
Daí o caos, o abismo,
A vida sem um sentido,
Olhando de sua jaula
Um mundo desconhecido.
Leão de feira e de zôo
Cego, com frio e chinfrim,
Violentando o instinto
Comendo alface e capim.
Dessa grande humilhação,
Pior dos mundos possíveis:
A execrável prisão.
Na solidão comovente
O leão vê a ruína
Do seu sonho soberano
Sem entender sua sina.
Daí o caos, o abismo,
A vida sem um sentido,
Olhando de sua jaula
Um mundo desconhecido.
Leão de feira e de zôo
Cego, com frio e chinfrim,
Violentando o instinto
Comendo alface e capim.
Fábio Mozart
Nenhum comentário:
Postar um comentário