domingo, 4 de julho de 2010

Disposto a conversar


Deu em um determinado blog da Paraíba: “ativista político e sindicalista desistiu de sua candidatura a deputado estadual pelo PSOL. Ele disse que não sentiu firmeza na direção estadual de seu partido, inclusive na chapa lançada recentemente ao governo do Estado. Disse também que está à disposição para conversar com qualquer candidato que tenha atuação na sua cidade. Nas eleições passadas ele obteve mais de 500 votos para deputado estadual”.

Confesso que fiquei impressionado com a desenvoltura do cara. E não adianta chiar, dizer que ideologia já era, que é o fim do mundo. Se chiado resolvesse, Sonrisal não se afogava, na definição do meu compadre finado Fofão.

O cara que põe na vitrine seus 500 votos é de uma transparência comovente. Nada de dizer que vai “consultar as bases”, discurso de dez entre dez carreiristas ou empresários eleitorais juramentados. E ele conversa com qualquer candidato, independente de partido, linha ideológica, cor da pele, tipo de moeda, se é do encarnado ou azul, se mora no norte ou no sul.

A compra e venda de votos obviamente não consta de nenhum dos manuais de campanha eleitoral, mas é o que ocorre desde o vereadorzinho do interior até o candidato a governador. Ou estou mentindo? Então viva o rapaz do PSOL, que pelo menos foi claro. É a tal da questão cultural. O PT por uns tempos tentou disfarçar, mas acabou caindo na fossa comum.

Meu compadre Maciel Caju acha que isso é uma situação surreal. Eu acho que é Real. Continua rolando o leilão de votos dos analfabetos funcionais e da galera que curte um doutorado. É como diz o outro: o sistema é podre devido à educação, porque vejam como são diplomados, doutores e pós-doutores nossos fichas sujas! É um negócio comovente.

Mas isso passa, “é só uma frase”, como diria meu amigo Biu Penca Preta.

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