quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Tragédias e comédias das alcovas


O sexo tornou-se o centro de nossas vidas, motivador de nossas ações, por ele se mata e se morre; enfim, controlar a sexualidade alheia é uma das formas mais poderosas de exercitar o poder.

Mas isso não é de hoje. Estou lendo “Dois mil anos de segredos de alcova – de Nero a Hitler”, Claude Pasteur. Conta casos sobre a impotência do poeta Ovídio, o abuso de afrodisíacos por Lucrécio, as bacanais de madame Wou na China, a fimose de Luiz XVI, as extravagâncias do duque de Choisy e os órgãos sexuais atrofiados de Felipe Augusto. Essas curiosidades sexuais de figuras ilustres da História desfilam no livro de Pasteur, mostrando como os problemas da sexualidade afetaram a psicologia das figuras que foram essenciais nos destinos da humanidade.

Entre doenças venéreas, impotências, noites de núpcias doidas e pressão religiosa, desfilam os humilhados e incapazes, os malucos e tarados da História. Ainda estou na página 47 e já passaram as traições de Vênus, um casamento forçado entre uma santa e um príncipe brutal e a história de uma imperatriz chinesa que gostava de beber o esperma do príncipe. Por sinal, antigamente na China, os assuntos do sexo eram tratados de forma clara, sem nenhuma vergonha. O contato com a cultura ocidental mudou o comportamento, criando o sentimento de pudor de debater os temas sexuais. Madame Wou beijava os pênis dos seus ministros. Manteve-se ativa sexualmente até os setenta e oito anos, quando foi presa e morreu na cadeia.

Sobre sexo e poder, versão paraibana, remeto a crônica do nosso site: http://www.fabiomozart.com/joao_pessoa_21.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário