terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Eu nasci quando o mundo começou


Leitora deste blog adverte para o pecado da vaidade. Ela imagina que eu sou muito ansioso em ter reconhecidos meus próprios méritos. Isto porque sempre publico frases elogiosas de meus compadres e comadres tão generosos. Portanto, peço permissão à minha nobre amiga que me censura brandamente pelo egocentrismo, mas tenho que citar mensagem que recebo de minha ex-professora Irene Marinheiro:

“A sociedade como um todo, não só a itabaianense, tem que ter orgulho de um ser humano como Fábio Mozart, pois ele tem contribuído para a melhoria dela e por um mundo melhor, mais fraterno e mais igual, sem tantas injustiças e tantas misérias. Se a sociedade não o reconhece como o grande homem que ele é, certamente é cega, surda e burra. Tenho muito orgulho de ter sido sua professora e de muitas vezes ter-lhe tido como confidente e sempre como amigo. Mais satisfeita fico em ver como defende insistentemente suas ideias de um ser político, indiferente a tudo o que já passou. Eu e Zenito somos seus eternos admiradores – Irene Marinheiro”.
Pronto, a imodéstia toma conta de novo da Toca do Leão. No embalo, leio que o arcebispo irlandês James Ussher (1581 -1656) descobriu que, baseado na cronologia da Bíblia, o mundo foi criado exatamente no dia 25 de outubro do ano 4.004 antes de Cristo, um domingo. Justamente no dia em que eu vim ao mundo. Um saudável senso de ironia é outro atributo deste que vos escreve daqui desta cidade mesopotâmica entre o Atlântico e o Sanhauá.

Portanto, exercendo meu sagrado direito ao sentimento egoísta, esse “eu” maravilhoso de cada um, que é o centro superior da consciência, vou publicando por aqui os elogios recebidos. Não é presunção, apenas registro do que as pessoas pensam a meu respeito. Pecado da vaidade? Já disse o cronista: pecado não passa de uma malandragem das convenções, de uma safadeza do establishment, de um engodo ideológico.

Meu pecado é ser honesto. E humilde. Não fora esse detalhe, seria perfeito!

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