quinta-feira, 15 de abril de 2010
Estrela de seis pontas guiará o Ponto
A estrela de seis pontas é um símbolo muito conhecido, usado como talismã, amuleto atrativo de energias positivas recomendado contra qualquer tipo de adversidade, natural ou "sobrenatural". Nos livros de todos os bons mestres ocultistas do Ocidente existem comentários a este símbolo, também conhecido como Estrela de Davi, mas pertence ao acervo de signos mágicos de diferentes povos em diferentes épocas. Pois é essa estrela que vai simbolizar a nova sede do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, em Itabaiana, já que se destaca no frontão do prédio que alugamos na Rua Floriano Peixoto.
Infelizmente, a nave nem sempre vai para onde a gente deseja. Por motivos vários, teremos que sair do prédio na Galeria Lins, ocupando a casa das seis estrelas. O Ponto de Cultura, nesses poucos meses de atuação, passou por algumas crises e as crises passaram pelo Ponto, mas sem deixar rastro. É tudo natural em empreendimentos guiados mais pela força de vontade do que por reais condições materiais para existir. Portanto, vamos para adiante, confiando na força do ideal, driblando os complicadores habituais.
O prédio das seis pontas é pequeno, tem um auditório com capacidade para apenas 60 pessoas. Antes, no local funcionava uma congregação evangélica. Agora vamos celebrar a cultura e a alegria. Armaremos o altar da música, do teatro, da imaginação e do sonho. Cada templo que se forma em torno do lúdico e do prazer é um tijolo que se desconstrói na teoria econômica de um tal sir Adam Smith: que cada pessoa busque seu interesse egoísta, sem prestar atenção ao seu próximo, e a mão invisível do deus-mercado cuidará do resto, trazendo harmonia e prosperidade.
Diante dos acenos inconsistentes dos poderes públicos, o jeito é assumir as responsabilidades financeiras do Ponto, com a ajuda dos amigos, colaboradores que sabem da importância de uma casa onde se formam pessoas e onde se preserva o que temos de mais rico, que é a cultura. Meu desatinado parceiro para essa aventura é o compadre Marcos Veloso, ele que em décadas passadas também foi sócio em outro negócio de maluco: montar um teatro em Itabaiana, desafiando as leis do mercado, da lógica e do bom senso. O resultado foi o desastre que eu conto na minha crônica “Tumulto no teatrinho”. (http://fabiomozart.blogspot.com/2010/02/tumulto-no-teatrinho.html). Que a estrela de seis pontas nos guie para um futuro mais sereno.
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