sábado, 23 de agosto de 2014

Ai, quem me dera um voto de repúdio!


Desprezado Fábio Mozart:

Quando entra a gosto, Madame Preciosa pira! E quando entra agosto, com a força de três tsumamis e de quatro administrações Dida da Silva, mais três de “Meu querido” e uma de Babá, pra acabar de acabar com o restim da Rainha, eu escrevo daqui para protestar contra tamanha maldade que fizeram com você aí na terra que não lhe viu nascer, mas onde sua cabecinha de retardado disparou as primeiras cagadas mentais. Hoje, já velho e caquético, você leva uma desconsideração dessa, que é o voto de desaprovação do seu livrinho pela Câmara Municipal, desconsiderando seu estado mental de portador de alzeheimer, Parkinson, hemorroidas e unha encravada, sem falar no pau mole e arroto azedo.

Clama aos céus tamanha injustiça dos vereadores, porque você merecia mesmo era voto de repúdio! Reza a lêndea que uma figura daninha como vossa mercê, no caso um tal de Bione, lá do Recife de becos e pontas, recebeu um voto de repúdio da Câmara local e até hoje arrota grandeza. Diz o tal Bione, editor de um pasquim chamado “Papa figo”, que não tem glória maior do que levar nas costas um voto de repúdio de vereador. É algo assim como ser considerado persona non grata pelo diabo e seus sete mil diabinhos. Em verdade, em verdade, vos digo: um cara velho de gréia igual a esse Mozart merecia esse momento de glória, esse voto de repúdio total e absoluto da vereança. Mas porém, muito pelo contrário, só botaram terra na merda de livro que ninguém leu, mesmo considerado o alto nível de analfabetismo. Se estás mais por baixo do que cu de cobra nas hostes vereançais, deves se dar por feliz.

Para um momento total de Glória Maria, o que eu desejo é que a Câmara dê teu nome para uma rua no baixo meretrício. Mas, nem tudo está fudido. Chegará o momento em que terás reconhecia tua patente de escrevinhador sem futuro, com uma rua batizada com teu nome pelas autoridades incompetentes, no olho do cabaré. E depois, aprovação por unanimidade de voto de repúdio, com direito a discurso dos mais altos coturnos do nosso submundo político e social, fechando o firo com fala de Ameba, eterno candidato a vereador e a corno, entregando simbolicamente a chave da cidade ao homenageado e surrupiando a chave do cofre da prefeitura.

Para abrilhantar ainda mais a festança, aparece Madame Preciosa que não podia perder um evento de tamanha envergadura, que a cartomante só gosta de coisa grande. O prefeito aproveita a remandiola para inaugurar um fiteiro, um puteiro e dois batentes de casa suspeita. No seu discurso, o licurgo (que porra é isso?) finaliza obrando: “é um grande prazer venéreo inaugurar essa via situada numa zona que tantas alegrias e blenorragia nos deu”.

Com meu insincero voto de pesar pelo teu azar,


Maciel Caju

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