sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

É de lascar o rabo da baiana!


Lamentavelmente, o cara que se mete nessa onda de voluntariado é considerado um bundão e siliconado. O negócio é ser pilantra, viver atrelado a cargos, às saias, às barras de calças de prefeitos, deputados e outros putos do poder. O bom é viver nos gabinetes, incensando ideologias obscuras e outros espectros alimentadores da miséria humana. Solidariedade, ações proativas e outras besteiras não valem a pena. E viva a desigualdade, o empobrecimento da língua, da cultura, e de tudo aquilo que conduz o homem ao naniquismo, à degradação, à alienação.

Os tais órgãos oficiais são só discurso, cartaz, propaganda. Na prática, a burocracia e outras práticas nefastas afastam as boas ações. Desestimulam e desfavorecem a vida, a dignidade e o respeito pelo ser humano.

Não estou em crise hemorroidária, só quero desabafar nesta merda de blog. Lamentar que o Banco do Brasil rejeitou um projeto de telecentro para o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar porque no Estatuto está escrito que a diretoria não será remunerada, mas poderia eventualmente receber ressarcimento por despesas efetivamente feitas. Quer dizer: você tem que ser voluntário e pagar para isso. É ou não é de lascar?

O Banco do Brasil promoveu um autêntico massacre contra funcionários públicos do Estado da Paraíba. Tudo bem, está dentro dos padrões do tal mercado financeiro. Deixou de ser um banco social há muito tempo. Para doar computadores velhos, carcaças inservíveis, é uma burocracia desgraçada. E dizem que querem promover a inclusão digital.

O governo federal disse que doaria 120 mil computadores usados neste ano a populações carentes do País e nas periferias das grandes cidades. Trata-se do programa Computadores para Inclusão. O projeto faz parte do plano de inclusão digital do governo federal, que busca promover a inclusão social e combater a pobreza e a violência por meio da informática. Na Paraíba, apenas João Pessoa e Campina Grande receberam computadores usados do Banco do Brasil. Agora eu sei porque o projeto não colou no interior do Estado.

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