Veja lá, compadre! Não fiz glorificação de álcool, apenas postei uma mensagem bem humorada sobre notícia que li na imprensa. Bebe quem quer. Quem não quer não bebe, mas não pentelha a bebida dos outros.
Mensagem do meu compadre Ercílio Palhano, ex-alcoolista e atualmente sacerdote do AA:
“Você não pode fazer um cavalo beber água, se ele ainda prefere cerveja ou é demasiado instável para saber o que quer. Coloque um balde d'agua a seu lado, diga-lhe porque ela é boa e deixe-o sozinho. Se as pessoas querem mesmo se embriagar, não há, que eu saiba, meios de impedir isso - logo, deixe-as sozinhas e que elas se embriaguem. Mas também não as afaste do balde d'agua." NOTA DA TOCA: comparar o bebinho a um cavalo é demais!
Catalogado na (O.M.S) Organização Mundial da Saúde: Alcoolismo é uma doença progressiva, incurável e com determinações fatais. Ela leva à loucura ou à morte prematura. Geralmente, a pessoa começa bebendo socialmente. Mais tarde bebe habitualmente. Então passa a beber descontroladamente.”
Eu bebia anti-socialmente, porque meu grupo de amigos bebedores era formado por pessoas não muito bem vistas pela sociedade. O mais aprumado era um tal de Joacir, esse cara da foto (de branco), que era filho de um delegado de polícia, sendo que hoje segue a profissão do pai nas Alagoas. Seu maior crime: roubar os perus do galinheiro de sua própria casa para assar na padaria do Maciel e comer com cachaça no oitão da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, na cidade Itabaiana do Norte. Se achar que é mentira pergunte a Roberto Palhano, irmão de Ercílio.
Minha comadre Atiz, de São Paulo, manda dizer: “Fábio, Lima Barreto era um grande bêbado e foi grande escritor. Conheci muitos bêbados. O que mais me lembro era um que morava na minha cidade. Ele sempre dizia quando estava bêbado: "Saber é bom. De tanto saber, não sei mais nada."
Dani Bach é uma moça de vinte anos de idade, mora em Palmeiras, São Paulo. Não sei se, com essa idade, a Dani já encara uns golinhos de goró, mas vejam o que acha do assunto: "Beber é algo emocional. Eu concordo”.
Viviane Barbosa da Cruz tem 22 aninhos (a faixa etária dos meus leitores ta baixando...) e mora em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Ela diz que porre mesmo é aturar tempo de eleição, e pela primeira vez ta com vontade de anular o voto diante desses candidatos mascarados.
JC Cavalcante é do Rio, tem 50 anos, e apreciou o texto do samba de uma nota só: “Gostaria de ouvi-lo executando o samba de uma nota só. Seu texto é excelente, me prendeu na leitura do início ao fim. Vou a João Pessoa agora em dezembro, quem sabe não encontro o Gilberto e o Mozart pelas beiradas de Tambaú ou Manaíra. Parabéns pelo texto.”
Valeu, compadre Cavalcante! A gente aguarda sua presença na velha Jampa. Para homenagear sua ilustre visita, tomaremos dois dedos de Serra Limpa e uma dose de Pitu com caju.
Do Recife vem o telegrama do escritor Erasmo Souto: “Realmente, nos últimos três anos sem beber, ando mais burro. Não estou mais porque antes já tinha bebido... todas!”
Aninha Viola é de Belo Horizonte, tem 42 anos e também ficou curiosa em conhecer a banda de um homem só, do Gilberto Bastos Júnior e sua música experimental.
Carolina é neta do grande itabaianense Tenente Lucena: “Obrigada pelo lindo texto sobre meu avô. Eu não tive a honra de conviver muitos anos com ele, mas é maravilhoso saber como ele marcou e transformou a vida de tantas pessoas”.
No mais, boa eleição para todos e brindemos aos novos tempos... ou não...
Velho Fábio,
ResponderExcluirrecentemente li numa revista que ato de beber socialmente é bom para saúde, o sujeito vive mais e se relaciona melhor. A propósito, dos dez mandamentos do boêmio, que o JC publicou na revista de domingo passado, o mais interessante é o 8º: "O boêmio não se embriaga. Tira mais da bebida do que a bebida do boêmio.". Um abraço a você e aos Palhanos. Joacir, de Maceió.