quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Notícias de Timbaúba




Visitando o meu compadre Beto de Zé de Paulo, na Câmara Municipal de Itabaiana, recebo de brinde dois exemplares do jornal “Correio de Notícias”, da vizinha cidade de Timbaúba, Pernambuco. Trata-se de uma publicação bem diagramada e com conteúdo razoável, refletindo o progresso econômico e cultural da “Princesa Serrana”, aquela que me viu nascer na rua do Sapo, na beira do rio Capibaribe Mirim.

O jornal timbaubense estampa em sua capa a notícia de que Timbaúba elege seu Conselho de Cultura e recebe mostra internacional de cinema. Esse conselho vai tratar de estruturar o Plano Municipal de Cultura e lutar pela instalação do Fundo Municipal de Cultura.

A notícia fez lembrar que em Itabaiana o Conselho Municipal de Cultura existe desde 2004, quando foi aprovada lei neste sentido pela Câmara Municipal. O velho Leão, que sou eu, foi seu primeiro presidente. Triste recordar também como foi esvaziado esse Conselho, por razões políticas ou, diria, por insensatez e mediocridade de certas figuras em pleno exercício de seus “podres poderes”, como afirma Caetano Veloso em sua canção.

O Conselho de Cultura de Itabaiana não está operante, mas temos o Fórum Permanente dos Artistas e Produtores Culturais. Tentamos constituir um grupo organizado para pensar um pouco sobre nossa cultura, com independência e identidade própria.

Voltando a Timbaúba, leio no jornal de lá que foi constituído um Fórum com participação de empresários de vários setores da economia da região, para discutir economia e administração pública e debater formas de crescimento econômico e desenvolvimento sustentável. Comparando-se a Itabaiana, não é difícil perceber que nossa vizinha, a velha Timbaúba dos Mocós, distancia-se cada vez mais no seu caminho para se tornar uma comunidade grande, economicamente próspera e desenvolvida. Começa pelo respeito à cultura. O desprezo à cultura é sinal de atraso e falta de interesse por uma cidade. É ignorar o legado dos ancestrais e a nossa existência; é demolir o alicerce da identidade.

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