terça-feira, 11 de agosto de 2009

PLACA FRIA


A placa da Secretaria das Finanças da Paraíba (foto) está na estrada que liga a encruzilhada de Pilar à cidade de Juripiranga. Sobra pontuação e falta cultura rudimentar à informação oficial. É uma coisa escandalosa o Estado afixar placas com erros grosseiros de português.

Na mesma estrada, uns poucos quilômetros adiante, o Grupo Escolar Municipal Deputado Manoel Ferreira de Andrade está caindo aos pedaços, totalmente em ruínas. Negligência e descaso com a educação. Por isso é que o número de pessoas analfabetas com mais de 10 anos cresce em nosso país, segundo dados da ONU.

Essa nota foi publicada em 2005. Não sei se a situação persiste. Devem ter mudado a placa e reconstruído o grupo escolar. Mas a realidade, no geral, é quase a mesma nesta Paraíba velha de guerra.
Um a cada oito jovens da região Nordeste é analfabeto. A taxa de analfabetismo de jovens de 15 a 29 anos no Nordeste é de 12,5% – nas demais regiões, a média é de 2,6%. Melhor qualidade da educação básica depende da melhora da renda dos profissionais de educação, bem como melhoria da formação. Sem educação não há cidadania. Grande parte das crianças brasileiras que já foram alfabetizadas não consegue compreender textos básicos. A baixa qualidade do ensino no país deve-se a dificuldade de acesso, a má formação dos professores e a infra-estrutura defasada das escolas.
Segundo o Ministério da Educação, mais da metade (14.518) das escolas brasileiras de ensino fundamental não atingiu a média nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é de 3,8 pontos. A placa com erros de acentuação aponta para o descaso do Estado com relação à educação do povo.

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