Os poemas de Augusto dos Anjos servem de tema para a peça “O Banquete Final”, a partir de pesquisa na obra do poeta Augusto dos Anjos. É uma coletânea de poemas de Augusto dos Anjos, com trechos da fortuna crítica do “paraibano do século XX”, entremeados aos versos dos livros “Pátria Armada” e “Lira Desvairada”, de minha autoria.
Ao fazer uma composição das duas formas de arte, poesia e teatro, o espetáculo pretende chegar a uma performance teatral simples mas que alcance o objetivo principal: enquanto o teatro se encarrega da ação e dos gestos, a poesia traz em si a carga de dramaticidade, densidade e síntese textual de que o teatro necessita.
Na verdade, teatro e poesia sempre estiveram juntos desde os tempos remotos da história da humanidade. Poetas eram também chamados de dramaturgos na Grécia antiga.
A angústia e opressão sofridos pelo homem são explorados no texto: a poesia de Fábio Mozart, que não contemporiza com a injustiça social, e o universo poético de Augusto dos Anjos, desenvolvendo temas que expressam a aflição e conflitos íntimos da humanidade.
A montagem deste espetáculo pretende ser um contraponto ao teatro prosaico que se pratica atualmente na Paraíba. Não é um simples recital de poesia, é a cenopoesia levada às últimas conseqüências.
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