quinta-feira, 20 de maio de 2010

Com LER não se pode escrever


Minha gente da Toca, eu ando alquebrado de uma asa: bursite ou lesão por esforço repetitivo (LER) no ombro direito, que me impede de escrever. Quem digita essas mal traçadas linhas é meu filhote, com má vontade. O texto sai composto pelo entrecruzamento de dois elementos: minha falta de habilidade/hábito para pensar e ditar com a falta de interesse no serviço do digitador. Lembra meu tempo de datilógrafo, obrigado a bater na Remington as baboseiras do delegado Tenente Brucuta, no ofício de escrivão “adoc”.
Sou obrigado a escrever todo dia para este blog, sob pena de perder meus dois ou três fiéis leitores. Por eles faço esse sacrifício. Tenho consciência da desimportância desse espaço na blogosfera, mas continuo achando que o motivo real dessa perseverância é um número cabalístico que vi hoje na estatística do meu blog: 10.900 leituras. Pelé comemorou mil gols, Romário idem, se bem que os gols do baixinho são mais suspeitos do que os do rei. (O digitador ta fazendo caretas de desaprovação!). Por que não comemorar meus 10 mil acessos? Forçadamente registro essa consagração, sem poder digitar o texto, mas adorando ler o que os leitores mais distantes me falam, me escrevem.

Para poupar mais sacrifício do digitador impaciente, colo abaixo alguns comentários dos meus compadres e comadres leitores(as).

Jorge João – Florianópolis:
“Fiquei muito feliz em ler seu texto, Fábio. Peço autorização para postá-lo no site da nossa ONG aqui em Florianópolis, pois estamos trabalhando pela valorização e reconhecimento de alguns profissionais, e o Gari é um deles. Não tivemos nenhuma homenagem este ano pois não tivemos tempo hábil. Agora só ano que vem, mas assim mesmo vou trazer à tona esse debate, aproveitando esse esquecimento da sociedade da data comemorativa importante. Abraço e vamos em frente na missão de cuidar do planeta e das pessoas. Abraço a todos e todas garis do Brasil! (Sobre a crônica “Hoje é dia do gari”).

Djane – (Uma gari do Rio de Janeiro)
Parabéns Fábio, pela lembrança destes que são esquecidos, mesmo estando sempre na frente de todos que passam na rua. Pela coragem de escrever sobre aqueles que denegriram a classe dos garis. Pela oportunidade de eu poder colocar meus parabéns e me sentir agregada nessa luta em se tentar derrubar preconceitos. Aqui, fomos denegridos, humilhados em público pelo poder público, por tentar defender o direito a insalubridade correta. Pode?!


Marina Gentile ( Salvador-BA):

“Parabens por lembrar o dia do gari. Oportuno lembrar que as pessoas necessitam de educacâo. Exemplo: nao jogar lixo pelas janelas dos carros, dos transportes coletivos, nâo jogar lixo no chão, etc. A midia deveria pegar carona neste dia. Jogar fora os preconceitos tambem!
(Para o texto “Hoje é dia do gari”)

Heitor Dias – Austrália (78 anos):
Fábio, apesar de ser eu um protestante, concordo em parte com você quanto a essas igrejas, tipo Universal do Reino de Deus, propagadoras da chamada teoria da prosperidade (dos donos das igrejas, apenas) e, o que é absurdamente verdadeiro, é o fato de esses templos estarem localizados geralmente em subúbios pobres e periferias, cujos habitantes, convertidos, fazem milagres para esticar seus minguados salários e depositá-los nas igrejas. Isso é cruel demais, e não existe qualquer prestação de contas desses pastores e bispos, e muito menos vigilância governamental.

Afonso Rego – Belo Horizonte – MG:
Perfeitíssima e mais que oportuna crônica.Curriculo de encher os olhos, me aguarde que vou ler mais. Parabéns Fábio. Abraço amigo.
(Para o texto: “A subcidadania te olha do fundo do poço”)

Mirtes CASSIA – Vitória de Santo Antão – PE:
Esse é um bom exercício, afinal iremos envelhecer mesmo. Essa terapia de observar o comportamento das pessoas, sejam elas idosas ou não, dá para escrever um livro, viu? Pense nisso.
(Para o texto: “Caminhando e sonhando”)

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