segunda-feira, 9 de junho de 2014

O tempo não para


Max entre a esposa Mariana e a sogra

Max com cinco anos, em Mari

Um dia desses, esse moleque era moleque. O tempo joga melhor ou pior com os dados que a gente não manipula. O acaso e o tempo, esses reis absolutos, colocam por terra os conceitos de imutabilidade. Tudo muda todo tempo.

Pois é, meu filho mais novo agora é um senhor casado. Contraiu núpcias, como se dizia antigamente nas colunas sociais. A mocinha tem origem na cidade de Mari, terra natal de Maximilien Robespierre Mozart Cabral da Costa, nascido no ano do bicentenário da Revolução Francesa, por isso o nome longo, homenagem ao advogado e político francês, uma das personalidades mais importantes da Revolução.

O outro filho, Arnaud Neto, veio informar que será pai do meu primeiro neto. E assim caminha a humanidade, como diria o ator e performático de rádio João Costa. Nós, que fabricamos essa sociedade desequilibrada, tememos pelo futuro das próximas gerações. É o sentimento que me aflige. Em que espécie de mundo viverá esse meu futuro neto, e os demais que virão? Queria eu que esses futuros cidadãos da família Costa também viessem a se alistar no nosso exército de paz, combatentes do bom combate por um país respeitador da segurança nacional, pessoal e mundial, cuidador da família humana.

Essa explosão demográfica me preocupa demais, parodiando o repentista Oliveira de Panelas. Mas, hoje estou contente por chegar no limiar dos sessenta anos com uma família inteiramente entrosada com os princípios que nortearam nossas vidas: respeito ao semelhante, honestidade e sensibilidade ao clamor do mais fraco.

Não professamos crença religiosa, mas não apedrejamos religião de ninguém. Meus filhos nunca foram batizados em nenhum templo, porque os deixo livres para escolherem suas convicções religiosas, ou não. Para casar na Igreja Católica, fé da família da noiva, Max terá que fazer um curso de batismo. Espero que esse curso sirva como um reforço para assegurar a paz dos esposos e a sorte dos filhos. Se a consciência do noivo continuar repelindo a ideia de um deus, que mantenha seu caráter respeitador da moralidade. Será um cristão não hostil às ideias do progresso humano.


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