sexta-feira, 20 de junho de 2014

Nasce um repórter e renova-se uma entidade cultural


Diretoria da Memória Viva


A comadre Margaret Bandeira foi eleita Presidente da nossa coirmã, Associação Cultural Memória Viva de Itabaiana. A eleição ocorreu ontem, 19, e daqui envio minhas congratulações aos que fizeram parte da chapa aclamada, entre eles meu compadre Artur Anderson. 

Esse Artur é um jovem universitário a quem louvo a competência. Ele mandou um material jornalístico sobre a eleição da Memória Viva para publicação nos blogs e difusão nas emissoras de rádio. Artur nunca chegou perto de um livro técnico/teórico de jornalismo, mas é uma criatura embasada e capacitada para escrever um texto informativo sobre um acontecimento do qual participou ativamente. Isso sem ter diploma de jornalista. Simples assim. É como diz João Costa, ator e radialista, ótimo jornalista formado na UFPB: “jornalismo não é ciência; para ser jornalista, basta saber ler e escrever, além de ter uma dosezinha de caráter”.

Eu mesmo faço jornal há mais de quarenta anos e nunca frequentei universidade. Nesses anos todos, leio quase diariamente livros de direito, psicologia, literatura, história, geografia e o mais que se pode ler nos facebooks, twitters e outros sítios que se oferecem como leitura na grande rede de computadores. Não quero estar inserido no mercado, não estou tomando a vaga de nenhum jornalista diplomado, meus erros, quando os cometo, se igualam a qualquer outro cometido por gente formada e não põem em risco as vidas das pessoas nem o bem estar do planeta. Só exijo meu direito de me expressar, seja aqui nesta Toca, nos meus blogs que atualizo diariamente ou no meu jornal impresso. 

Portanto, Artur Anderson, parabéns pela sua matéria sobre a eleição do Memória Viva e continue sendo jornalista, toque seu barco de repórter que o público consumidor de informação não vai protestar, mesmo porque seu texto é bom, tem qualidade, com ou sem diploma. E deixe o mundo falar, deixe a rapaziada dos cursos universitários de jornalismo pensar que você não tem princípios só porque não tem o canudo, porque você tem consciência da responsabilidade que carrega ao transmitir uma informação. 

É possível comprar um diploma, e isso não o torna jornalista. Louvo, portanto, o repórter autodidata Artur Anderson, como os demais correspondentes do jornal Tribuna do Vale, meu compadre Evanio Teixeira, comadre Andrea do Monte de Pilar, Ino Lucas de Juripiranga, Mariah de Pilar e os demais excelentes repórteres cujo trabalho não desequilibra a qualidade da imprensa nem mexe com a normalidade institucional. Apenas dá prazer a quem o faz amadoristicamente, prestando um serviço à comunidade. Porque nenhum jornalista diplomado vai sair dos seus cuidados na capital para cobrir um evento comunitário em Pilar, por exemplo, pois não atende aos interesses capitalistas do seu jornal, rádio ou TV.  

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