quinta-feira, 11 de setembro de 2014

"Vitalidade" musical

Em 23 de maio de 2011 o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar recebeu o documentarista Vladimir Carvalho (esq.), para inaugurar o cineclube que leva seu nome. Ao seu lado, Vital Alves e o maestro Josino Mendes. 
Minha crônica de hoje vai para Vital Alves, neto de Daciano Alves de Lima, esse itabaianense que virou nome de rua na terra do poeta Sander Lee. Daciano foi uma das mais importantes figuras do mundo artístico, social e cultural de Itabaiana, desde a década de 1940 até meados de 1980, quando faleceu. Era artesão do couro, seleiro famoso quando a cidade ostentava fama de ser o maior centro coureiro do Estado da Paraíba. Foi vereador, presidente de escolas de samba e bandas musicais, clubes carnavalescos e operários, clubes de futebol e outras agremiações.
Seu neto, Vital Alves, herdou o amor do avô pela música. Tornou-se violonista e compositor. O que interessa dizer sobre Vital Alves é que ele é um dos mais inspirados e criativos compositores populares da Paraíba do Norte. Vital participou do nosso projeto cultural em Itabaiana, formando novos músicos, levando sua arte para as ruas e escolas. Cumprida a missão, foi semear na cidade do Ingá, onde também fundou uma orquestra juvenil de violões. Bendito seja aquele que planta cultura!
Alguém já disse e eu reafirmo: a música é um motor de transformações do mundo, eleva o indivíduo inserido em sua cultura, à condição de sujeito de sua história. Nesse aspecto, Vital honra a história pessoal do avô Daciano.
Recebo a notícia de que Vital Alves está preparando o lançamento do seu CD, chamado “Vitalidade”. Ele mesmo escreveu em sua página no Facebook: “Dedico este trabalho à minha filha Natalia Alves e a Fábio Mozart, que sempre apostou em mim quando muitos só pedras me atiravam. Meu irmão Fábio, fico muito honrado em ligar seu nome a este CD, você que é uma luz de infinito amor à arte”.
Honrado e sensibilizado fico eu, compadre Vital Alves! Termino tentando uma frase de efeito: a vida é um filme doido, sem roteiro e sem final feliz. O que importa, afinal, é essa intensidade que a gente carrega nas coisas a que nos propomos, com a intenção de mudar o mundo. Se não mudar nada, pelo menos que se encontre um motivo pra seguir em frente. O dele, de Vital, é esse gosto pela arte da música e a missão de educar os ouvidos e descobrir talentos na juventude. 


Um comentário:

  1. Bonita homenagem a esse talento que e Vital Alves.
    Parabens meu amigo!!!
    Sabe que sou fa de seu trabalho.
    Sucesso,amigo.

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