sábado, 23 de janeiro de 2010
Aposentado não tem sorte nem no seu hino
Hoje, 24 de janeiro, é o dia nacional dos aposentados. Recebi do meu companheiro Cleofas um CD com o hino dos aposentados, produzido pela Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas. O hino oficial dos aposentados é um primor de besteira. Um rapaz por nome Marcelo Cassoni foi o autor da pérola. Estrofe do hino:
Com as mãos calejadas
Corpo já cansado
Foram anos de muito trabalho
Buscando direitos
Vencendo preconceitos
É a luta dos aposentados.
Sou aposentado ferroviário. Vou retribuir com disco de uma cantora chamada Eliana que canta uma música mandando pessoas chatas irem tomar nas entranhas. O disco não vai pra Cleofas, mas para o compositor do tal hino. É brincadeira, como diria aquele outro chato comentarista de futebol, um tal de Neto. No mesmo CD dos aposentados tem a música “Vida de gado”, de Zé Ramalho. Somos comparados a uma manada de bois mansos.
Eu queria ter nascido aposentado, como meu compadre Biu Penca Preta, que nunca enfiou um prego numa barra de sabão pra fela da puta nenhum e vive numa boa, tomando “água benta” no mercado público de Itabaiana. Aposentado não tem condições nem de pegar um ônibus para receber seu miserável dinheiro do INSS. Ainda dizem que os aposentados são os heróis nacionais. Aposentado quer dizer “recolhido ao aposento”, mas no nosso caso, a dura realidade é que passamos o restante da vida dependendo de parentes porque a merreca do “benefício” não dá pra nada. Ainda por cima me aparece um “compositor” pra compor esse hino idiota.
O presidente Lula lesa os aposentados. Não é justo o contribuinte pagar em cima de determinado número de salários e na hora da sua aposentadoria o governo reduzir progressivamente nossos proventos. Sou vítima de extorsão da Previdência, de um governo que se diz dos trabalhadores. Vai tomar no orifício também!
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