Lendo
o livro de contos “Histórias de sábado”, coletânea do Clube do Conto da
Paraíba, cortesia do meu confrade Carlos Cartaxo, um dos contistas presentes na
obra. Já li contos do conterrâneo André Ricardo Aguiar, André R. Dias, Antonio
Mariano e Carlos Cartaxo.

Cláudio
José Rodrigues surpreende com um conto de desfecho inesperado. Há tempos que
não lia um conto com essa técnica narrativa. A história do homem que compra um
carro fúnebre é um rudimentar e mínimo Edgar Allan Poe, de apenas uma página.
Carlos Cartaxo se manifesta um contista em formação. Vai, por certo, aparar as
gordurinhas e produzir com mais condensação, se continuar a escrever contos. O
extrato é o corpo ideal do conto.
Os
demais autores estão se apresentando agora, com suas capacidades de
representação, seus assombros, ironias e sutilezas. O livrinho é uma mostra da
qualidade da literatura que se produz na Parahyba do Norte. Fica aqui um
mistério: quem lê esses bons autores? Essas narrativas extremamente imaginosas
e bem elaboradas saem de um grupo de mentes privilegiadas que se reúne para
discutir literatura e ler entre si o que produzem. E todos nós, leitores,
morrendo de vontade de levar esses escritos para que outras pessoas conheçam
nossa boa literatura. O que fazer?
Em
Itabaiana, o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar adotou esse objetivo de tentar
levar o livro principalmente ao público jovem. Nosso projeto Livro na Feira
quer também ir para as escolas, divulgar livros como esse do Clube do Conto da
Paraíba e estimular o amor à palavra.
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