domingo, 13 de abril de 2014

POEMA DO DOMINGO


RIMA POBRE EMPARELHADA
REPELINDO ALMA PENADA

Por que sinto seus temores?
E até sofro as suas dores?
Quero esquecer sua passagem
Dissipar de vez a sua imagem
Desconhecer sua existência
Sequer notar sua ausência
E apagar da memória
Essa infeliz história.
Vai! Sai!
Desaparece!
Vê se me esquece!
Toda essa insensatez
Ratifica sua estupidez.
E bem pior que o cinismo
É esse seu masoquismo.
Alimentar-se de dor
É caso de desamor.
Preferir não se amar
Nem mesmo se respeitar
Autoestima decadente
Que coisa mais deprimente!
Lastimável e dolorosa
Vida triste e enganosa.
E com espírito tão pobre
Nada lhe resta de nobre
Que possa justificar
Razão de ser ou estar.
Então é melhor que suma
Você não passa de espuma
Desmanchando-se ao vento
Sem causar qualquer lamento.
Nada mais é que um fantasma
Ou tão-somente um miasma...
Colabore! Evapore!...
Até que enfim já sumiu.
E por acaso existiu?

Jandira Lucena

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