sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Arte africana em exposição na Estação Ciência



Ontem, dediquei a tarde para visitar a exposição de arte tribal africana, na Estação Ciência. Bem aventurado o artista que faz a arte nascer e renascer do ânimo lúdico de cultuar seus deuses e seus costumes. Isso que leva o homem à purificação, aqui e na mais remota aldeia, nos tempos mais recuados, cuja maré não destruiu a beleza e o mistério dos entalhes, máscaras e esculturas das tribos africanas.

Permita-me o leitor que eu cite uma matéria do site da Causa Operária sobre o tema:

“O interesse do mundo europeu pelos artefatos produzidos pelas tribos da África Negra se inicia no final do século XIX, a partir do aprofundamento da política colonial europeia, que gera uma maior aproximação cultural entre as potências imperialistas europeias e as colônias africanas.

A partir dos primeiros anos do século XX, começam a ser promovidas nas metrópoles as primeiras grandes exposições etnográficas de objetos africanos. Inicialmente tais objetos foram tomados como uma curiosidade exótica, mas logo uma parcela importante de artistas de vanguarda em Paris vêm naquela cultura primitiva os elementos que buscavam para seu processo de ruptura com as normas da cultura burocratizada que constituía a grande manifestação da arte burguesa.

Os artefatos africanos, por esse motivo, passaram a ser encarados a partir de então, como um aspecto fundamental da arte moderna europeia, decisivos no processo de transformação da arte no século XX e, por isso, anexados à tradição geral da arte internacional.

É por esses motivos, bem como às qualidades próprias da arte tribal africana, que vale a pena conhecer os objetos presentes na atual exposição. Uma coleção que foi organizada a partir da importância, não só etnográfica das peças, como componente significativo das culturas que as produziram, mas também seguindo um critério artístico, pela beleza e qualidades formais das obras.”





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