segunda-feira, 8 de julho de 2013

A paz não será fotografada



Hoje é o dia do fotógrafo. Registrar aqui a lembrança de Wilson Limeira, o Fotógrafo de Itabaiana, in memoriam. Sem os recursos técnicos que se tem hoje, Wilson fazia mágica com sua Rolleiflex e seu estúdio de revelação. Retocava as fotos com lápis grafite, uma técnica que transformava meros fotógrafos em artistas plásticos. Era o fotoshop da época. 

Wilson registrou em fotos uma boa parte da história recente da cidade Itabaiana do Norte. Era um repórter fotográfico na essência, amava a profissão. Deixou a herança da afinidade pela arte de reproduzir imagens para seu filho Marcelo. Sem querer ser saudosista, acho que a fotografia como prática de uma arte antiga perdeu muito com os meios digitais modernos. O artesão da fotografia era um artista da imagem que tinha sua lírica. 

Hoje também é dia do pacificador. O homem que existe para evitar o conflito e a discórdia. Conheci muitos pacificadores. Conforme a “verdade” do fundamentalismo religioso, esses agentes da paz não formam ao lado do seu Cristo belicoso: “Não vim para a paz, e sim para a guerra”, disse o Jesus dos guerreiros da fé. 

Quem você elegeria hoje um pacificador moderno? No genocídio praticado pelo Brasil, Uruguai e Argentina contra o Paraguai, na época a nação mais avançada do continente, quase acabam com os paraguaios. Daí nasceu a expressão “paz de cemitério”. Mas o comandante do Exército, Duque de Caxias era um homem íntegro, tanto que disse ao Imperador do Brasil que não queria ser o carniceiro daquela guerra. “Agora estamos lutando contra crianças. Para vencermos, teremos que matar todo o Paraguai", disse Caxias. Em resposta, o imperador demitiu o Caxias e nomeou seu genro, o português Conde d´Eu, que desprezava os brasileiros e foi o responsável por diversos massacres. 

O pacificador eleito por mim é o humilde crente que busca a paz e reza, com seu Cristo da concórdia: “Bem-aventurados os pacificadores por que serão chamados filhos de Deus”



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