Essência do Natal com gosto de jiló
Magro Menino-Deus bateu em minha porta
Vestido de algodão e sapatinho Conga.
Encabulado, foi dizendo sem delonga
A forte humilhação que a infância suporta
Na época do Natal, sem pai que dê esteio
Aos pueris desejos de um menino pobre.
Com exasperação e desprazer descobre
Ser o Papai Noel um mero devaneio.
A essência do Natal, enfim, homenageio
Em cima dessa casca, embaixo desse lodo:
Mercantilização e consumo sem freio.
Olhando-me nos olhos, o guri conclui:
O homem que sou hoje está o tempo todo
Ao lado da criança que um dia eu fui.
F. Mozart
LINDO POEMA UM DOS MELHORES DOS ULTIMOS TEMPOS PARABENS
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