Teia de Aranha
Teci
durante a noite a teia astuciosa
dum
poema
Armei
o laço ao sol que há-de nascer.
Rede
frágil de versos
É
nela que meu sono se futura
eterno
e natural
Embalado
na própria sepultura
vens
ou não vens agora, astro real,
Doirar
os fios desta baba impura?
Miguel
Torga
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