Nesses
três anos tivemos dez ouvintes fiéis. É igual a torcida do Auto Esporte: dá pra
contar nos dedos. É normal quatro amigos se reunirem semanalmente numa mesa de
bar, aliás, num estúdio improvisado, pra fazer um programa de rádio web que
ninguém escuta? Chegamos a um consenso e criamos essa frase filosófica arretada:
o importante não é perder ou ganhar, o que vale é empatar e sair pra
prorrogação com mais uma saideira. O bom é falar besteira sem ninguém policiar,
sem medo de ser feliz ou idiota. Isso é que é terapia, o resto é curandeirismo
de Madame Preciosa, nossa madrinha sexual oculta.
O bocó
que votou no Bolsonaro não escuta o MUTIMISTURA. Outro que nos rejeita: o mentecapto
falsamente moralista e o politicamente correto. Nosso patrono é Ameba, uma
espécie de canalha do bem, aquele que cunhou essa frase canalha: “no Brasil,
quem não é canalha na véspera é canalha no dia seguinte”.
O
MULTIMISTURA rola na Rádio Zumbi, Rádio Cuiá, Rádio DiarioPB e Tribuna do Vale.
Todo dia tem reprise às 12 horas. Nossa sessão de gravação só acontece uma vez
por semana. É como disse meu amigo Alexandre Dumas, um pinguço francês metido a
escritor: “Prefiro os canalhas aos imbecis. Pelo menos os canalhas descansam de
vez em quando”.
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