O poeta Lau Siqueira
confessa que tirou o dia ontem para observar passarinhos. “Cuidar do que há de
mais delicado me agrada. Em todos os sentidos...”, disse Lau. Por acaso, também
me flagrei nessa atividade nos últimos dias. Um casal de rolinha-roxa começou a
construção do ninho na beirada da casa, preparando a próxima geração. O local
anda bagunçado, com muitos galhos no chão, folhinhas e outros materiais de
construção de ninhos urbanos. Normal num canteiro de obras.
Na qualidade de observador, fui me instruir sobre ninhos de rolinhas. Soube que o casal mantém um território de ninho, afastando as outras rolinhas ou pássaros invasores como os pardais. Os ninhos são pequenas tigelas de ramos e gravetos. Postura de dois ovos, chocados pelo casal entre onze e treze dias. Nossa família emplumada deverá terminar a gestação em treze dias que é um número cabalístico e remete a um time de futebol muito relevante. Depois de duas semanas de vida, os filhotes abandonam o ninho com o único objetivo de iniciar novas ninhadas e pôr um pouco de poesia na vida das pessoas, quando as condições ambientais e emocionais permitem. De quebra, ainda equilibram as coisas com seu papel na cadeia alimentar.
Até recentemente, acreditava-se que a construção de ninhos era uma habilidade inerente, mas estudos recentes sugerem que as aves podem aprender e melhorar. Passarinhos já fazem ocupação de cinzeiros, caixas de correspondência, lamparinas, semáforos, sapatos, em carros parados nos estacionamentos, postes de luz, vasos de jardim, pneus e câmeras de segurança. Notável aquele passarinho que fez seu ninho em cima da casinha preparada para ser o lar do casal. Provavelmente o ninho artificial não passou pelo teste de qualidade.
Enfim, as alegrias da nidificação. De talo em talo, nosso casal de rolinhas vai dando continuidade ao mundo que é grande, as rolinhas voam pra lá e pra cá, e esse casal escolheu nossa biqueira de casa para procriar. Essas criaturinhas, presumidamente com sua inteligência instintiva, perceberam que aqui faz ninho um casal ditoso e bem-aventurado nas aventuras do apego e bem-querença. Lembrei de Sérgio Porto: “Hoje, quem me vê não diz que eu já morei numa casa onde as cotovias fazem ninho. No telhado da varanda, durante anos e anos, elas se hospedavam, para alegria nossa e inveja dos outros garotos da redondeza.” Passarinho não faz ninho onde mora a desafeição. Vide verso do poeta Zé Vicente da Paraíba:
Admiro demais o beija-flor
Que com medo da cobra inimiga
Só constrói o seu ninho na urtiga
Recebendo lição do Criador.
Na qualidade de observador, fui me instruir sobre ninhos de rolinhas. Soube que o casal mantém um território de ninho, afastando as outras rolinhas ou pássaros invasores como os pardais. Os ninhos são pequenas tigelas de ramos e gravetos. Postura de dois ovos, chocados pelo casal entre onze e treze dias. Nossa família emplumada deverá terminar a gestação em treze dias que é um número cabalístico e remete a um time de futebol muito relevante. Depois de duas semanas de vida, os filhotes abandonam o ninho com o único objetivo de iniciar novas ninhadas e pôr um pouco de poesia na vida das pessoas, quando as condições ambientais e emocionais permitem. De quebra, ainda equilibram as coisas com seu papel na cadeia alimentar.
Até recentemente, acreditava-se que a construção de ninhos era uma habilidade inerente, mas estudos recentes sugerem que as aves podem aprender e melhorar. Passarinhos já fazem ocupação de cinzeiros, caixas de correspondência, lamparinas, semáforos, sapatos, em carros parados nos estacionamentos, postes de luz, vasos de jardim, pneus e câmeras de segurança. Notável aquele passarinho que fez seu ninho em cima da casinha preparada para ser o lar do casal. Provavelmente o ninho artificial não passou pelo teste de qualidade.
Enfim, as alegrias da nidificação. De talo em talo, nosso casal de rolinhas vai dando continuidade ao mundo que é grande, as rolinhas voam pra lá e pra cá, e esse casal escolheu nossa biqueira de casa para procriar. Essas criaturinhas, presumidamente com sua inteligência instintiva, perceberam que aqui faz ninho um casal ditoso e bem-aventurado nas aventuras do apego e bem-querença. Lembrei de Sérgio Porto: “Hoje, quem me vê não diz que eu já morei numa casa onde as cotovias fazem ninho. No telhado da varanda, durante anos e anos, elas se hospedavam, para alegria nossa e inveja dos outros garotos da redondeza.” Passarinho não faz ninho onde mora a desafeição. Vide verso do poeta Zé Vicente da Paraíba:
Admiro demais o beija-flor
Que com medo da cobra inimiga
Só constrói o seu ninho na urtiga
Recebendo lição do Criador.
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