sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Primeiras abobrinhas do ano



No curto espaço de tempo que decorrera desde que acordei com o ruído das bombas do ano novo no quinto andar do edifício Amazonas, até o momento em que voltei a dormir (20 minutos depois), devem ter morrido muitos inocentes no mundo. Felizmente, não somos uma espécie em extinção ou em vias de. Ou sim.

***
Arrastei meus sessenta anos em cima do meu chinelo velho para ver o ano novo chegar. Quando voltei, já estava com sessenta e um. Que graça tem isso?

***
Enfim, 2016. Bola pra frente que tem muita grama pra comer ainda.

***
Devido à inadequação do ritmo da cidade, hoje amanheci sem ressaca.

***
O vendedor me olha, comercialmente, de lado.

***
O bebinho me olha de frente, balbuciando coisas como: “o que é que estou fazendo aqui?”

***
Hoje, 1º de janeiro, ao acordar pelo fim da tarde, o brincante começa a notar que a realidade começa a ficar insuportável. De novo. Igualzinho a 2015.

***
O Brasil é um país cujo nome tem seis letras completamente diferentes. Diversidade começa por aí. Em 2016, comece respeitando os diferentes.

***
“As armas e os homens de mal vão desaparecer nas cinzas de um carnaval”. - (Paulo César Pinheiro)

***
Tarô, o jogo milenar da adivinhação e profecia, com seus 78 arcanos, prevê que 2016 será um ano infinitamente banal.

***

O uso do baralho para a leitura do passado, presente e futuro é provavelmente uma das práticas mais antigas da humanidade. A outra é a prostituição. Minha amiga Madame Preciosa juntou as duas e vende a preços módicos. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário