quarta-feira, 29 de julho de 2015

CÉU DA POESIA


Thiago Alves:

Todo homem bem do siso
Será bem aventurado
Quem põe a mão no arado
Olhar pra frente é preciso
Vou voltar pro Paraíso
Pois, vim de lá aliás
Conforme mostra os anais
Fui criado sem maldade
Depois da eternidade
Ninguém se concerta mais

Aqui na vida terrena
O tempo passa depressa
Quem essa vida atravessa
Sem Deus é de causar pena
Está preso numa arena
Morte na frente e atrás
Leva uma vida sem paz
Como preso atrás da grade
Depois da eternidade
Ninguém se concerta mais

Examine com perícia
Donde vem as criaturas
A matéria, as estruturas
Tudo que se tem notícia
Se essa obra é fictícia
Ou se tem Autor por trás
O Poder que fez, desfaz
Segundo a sua vontade
Depois da eternidade
Ninguém se concerta mais

Quem não crê na vida eterna
Nem Inferno e Paraiso
Nascer de novo é preciso
Pra sair dessa caserna
Vive preso na caverna
E as chaves com Satanás
Só Jesus pode e é capaz
De pô-lo em liberdade
Depois da eternidade
Ninguém se concerta mais

F. Mozart:

Respeito seu argumento
E o seu apostolado
Porém fico do meu lado
Esperando provimento
Uma foto, um documento
Que comprove o “paraíso”
Porque provar é preciso
Ou é questão só de fé
Abstração, é o que é
Esse seu céu impreciso.

Não há fato ou evidência
Nem de céu nem de inferno
Conforme estudo moderno
Da confiável ciência
Não existe consistência
Nesse conceito abstrato
É fantasia, de fato,
E promessa comovente
Pra confortar quem é crente
E doutrinar o beato.


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