ITABAIANA VELHA DE GUERRA
A cidade de Itabaiana, “pequena jóia centenária engastada no Vale do Rio Paraíba”, foi palco de memoráveis lutas, nas primeiras batalhas pela independência do Brasil. Já em 1817, Itabaiana aderiu à Revolução Pernambucana, sendo o primeiro foco da insurreição que se alastrou rapidamente pelo interior e na capital. Em Itabaiana, foi formado um exército que marchou em direção à sede da capitania, quando se deu uma batalha que produziu muitos mortos e feridos. Itabaiana teve a glória de ter sido a primeira na Paraíba a proclamar a República, ocorrendo em solo itabaianense a primeira batalha pelos ideais republicanos.
A 17 de abril de 1821, as cortes portuguesas impuseram uma Constituição que estabelecia condições prejudiciais aos brasileiros. O Governador da Capitania da Paraíba prontamente aceitou, em proclamação, essa lei do colonizador. O então povoado de Itabaiana levantou-se contra o juramento de fidelidade da Paraíba a essa Constituição, sofrendo por isso dura repressão: a Capitania enviou um destacamento de 40 soldados para prender os líderes do movimento.
Em 1823, mais uma vez explodiu o sentimento nativista de Itabaiana, com novas revoltas contra o governo português. Com a proclamação de um governo temporário, contra o governador recém-nomeado, Felipe Néri Ferreira, muitos rebelados seguiram para Itabaiana dispostos a pegar em armas contra o Governo. Em 6 de maio de 1824, as tropas do Governo chegaram em Pilar, mandando intimar o líder da revolta, Félix Antonio. No dia 24 de maio, as tropas “legalistas” encontraram-se com os revoltosos, resultando no combate do Riacho das Pedras, que durou quatro horas “em fogo vivo”, com perdas de ambos os lados e cento e trinta prisioneiros.
Em 1891, o então Presidente da Paraíba, Venâncio Neiva, foi deposto por militares por ordem do Marechal Floriano Peixoto, mas Neiva resistiu à tirania, e o Conselho de Intendência de Itabaiana ficou ao lado do Governador ameaçado, sofrendo, em represália, a sua dissolução.
Em
Durante a Segunda Guerra Mundial, rapazes de Itabaiana integraram como voluntários a Força Expedicionária Brasileira, seguindo para a Europa onde lutaram nos campos da Itália contra o nazismo. Em 1946, o prefeito Manoel da Silva Lira mandou erigir um obelisco no oitão da Igreja Matriz, para homenagear os pracinhas.
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