Os dedos do Leão velho
Entortados pela artrite
Já não tocam violão
E ele até admite
Que não roçam em outras coisas
Por mais que isso lhe irrite
A divindade Afrodite
Da grega mitologia
Já não seduz o poeta
Que nisso foi bom um dia
As cordas mudas do pinho
Lastimam com nostalgia
Adeus esbórnia e orgia
Que vigor não se renova
Não pego meu violão
Patuscada me reprova
Se o sexo é saúde
Já estou com o pé na cova
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